São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 2011

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Bahrein bane partido xiita para impedir novos atos

Governo, da minoria sunita, mantém dura repressão contra oposicionistas

Regimes de Marrocos e Síria anunciam soltura de presos políticos; no Iêmen, oposição dá um prazo para ditador sair


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Bahrein anunciou ontem a dissolução do principal partido xiita de oposição, na mais recente das medidas adotadas para reprimir as manifestações no país.
A ação contra o Wefaq foi motivada "por violações da Constituição e promoção de atividades que perturbaram a paz social", diz o governo.
Durante um mês, milhares de oposicionistas fizeram protestos por reformas democráticas, mais direitos à maioria xiita e monarquia constitucional, com eleições para formação de governos.
Embora sejam 60% da população de cerca de 600 mil pessoas, os xiitas detêm menos direitos que os sunitas.
As manifestações, porém, foram respondidas com dura repressão pela monarquia sunita. Estima-se que pelo menos 30 pessoas tenham sido mortas desde o começo dos protestos, em fevereiro.
Desde março, tropas da vizinha e aliada Arábia Saudita -também governada por monarquia sunita- e dos Emirados Árabes ajudam a conter protestos no reino. O Bahrein é aliado estratégico dos EUA e base da Quinta Frota da Marinha americana.

MUNDO ÁRABE
Na Síria, palco de revoltas em que já morreram mais de cem pessoas, o ditador Bashar Assad anunciou a libertação de centenas de oposicionistas em tentativa de aplacar a pressão ao governo.
Medida semelhante foi adotada no Marrocos, onde o rei Mohammed 6º ordenou a soltura de presos políticos.
No Iêmen, oposicionistas rejeitaram proposta de acordo e deram duas semanas para que o ditador Ali Abdullah Saleh deixe o cargo. Anteontem, cinco pessoas morreram em meio a novos protestos.


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