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Brasil não se pronuncia sobre renúncia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo brasileiro torceu desde o primeiro turno da eleição
presidencial argentina pela vitória de Néstor Kirchner. Até a conclusão desta edição, porém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não havia comentado a renúncia de Carlos Menem. O Itamaraty, por sua vez, afirmou que não o
iria fazer por considerar a eleição assunto interno argentino.
Durante a campanha do segundo turno, com Kirchner medindo
forças com Menem, político com
histórico de atritos com Lula, a
torcida assumiu caráter explícito.
Lula chegou a receber Kirchner
na semana passada, acompanhado do atual ministro da Economia, Roberto Lavagna, que deve ser mantido no cargo. A visita
ocorreu a pedido do candidato.
A avaliação do Planalto e do Itamaraty é a de que a Argentina precisava de continuidade e estabilidade, que seria representada por
Kirchner, candidato apoiado pelo
atual presidente, Eduardo Duhalde -próximo de Lula.
Kirchner também é visto como um potencial aliado no relançamento do Mercosul, que Lula quer fazer em uma reunião no mês que vem, em Assunção (Paraguai), e no relacionamento com os EUA, com quem o Brasil negocia condições mais favoráveis para a entrada na Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
EUA
Um funcionário do governo
americano disse ontem que a renúncia de Menem era "assunto
doméstico".
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