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São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2003

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Brasil não se pronuncia sobre renúncia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo brasileiro torceu desde o primeiro turno da eleição presidencial argentina pela vitória de Néstor Kirchner. Até a conclusão desta edição, porém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não havia comentado a renúncia de Carlos Menem. O Itamaraty, por sua vez, afirmou que não o iria fazer por considerar a eleição assunto interno argentino.
Durante a campanha do segundo turno, com Kirchner medindo forças com Menem, político com histórico de atritos com Lula, a torcida assumiu caráter explícito.
Lula chegou a receber Kirchner na semana passada, acompanhado do atual ministro da Economia, Roberto Lavagna, que deve ser mantido no cargo. A visita ocorreu a pedido do candidato.
A avaliação do Planalto e do Itamaraty é a de que a Argentina precisava de continuidade e estabilidade, que seria representada por Kirchner, candidato apoiado pelo atual presidente, Eduardo Duhalde -próximo de Lula.
Kirchner também é visto como um potencial aliado no relançamento do Mercosul, que Lula quer fazer em uma reunião no mês que vem, em Assunção (Paraguai), e no relacionamento com os EUA, com quem o Brasil negocia condições mais favoráveis para a entrada na Alca (Área de Livre Comércio das Américas).

EUA
Um funcionário do governo americano disse ontem que a renúncia de Menem era "assunto doméstico".


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