DA REDAÇÃO

O novo chefe da administração provisória americana no Iraque, Paul Bremer, está preparando uma série de medidas de segurança, que inclui autorizar soldados a atirar em saqueadores, informou ontem o jornal americano "The New York Times".
"Os soldados vão começar a atirar em alguns saqueadores para dar o exemplo", teria dito Bremer, durante encontro com assessores anteontem em Bagdá, segundo relato ao "Times" de assessor que participou da reunião.
Uma das principais reclamações da população iraquiana contra as forças americanas tem sido o fracasso em administrar a segurança pública do país.
Questionado em Bagdá ontem sobre a suposta nova orientação, Bremer respondeu: "Até onde eu sei, as regras atuais de patrulhamento não foram mudadas".
O secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, no entanto, disse ontem que as tropas americanas começarão a "usar os músculos" para capturar ou matar saqueadores e outros criminosos em Bagdá.
"Nós faremos uma pressão total. As forças vão começar a usar os músculos para mostrar que as pessoas que estão tentando quebrar a ordem em Bagdá serão capturadas ou mortas", disse Rumsfeld, em audiência no Senado.
Rumsfeld informou que entre 15 mil e 20 mil soldados da Primeira Divisão Blindada devem chegar ao Iraque nos próximos 20 dias. Atualmente os EUA mantêm 142 mil homens no país.

Acidente
Seis crianças iraquianas morreram e outras dez ficaram feridas quando uma bomba que eles tentavam desmontar explodiu. O acidente ocorreu na segunda, em Basra. A cidade é controlada por tropas do Reino Unido.
"Aparentemente, as crianças estavam tentando tirar o cobre de uma munição iraquiana quando ela explodiu", disse uma porta-voz do Exército britânico.

Dinheiro recuperado
O conselheiro-geral do Tesouro dos EUA, David Aufhauser, disse que a maioria dos cerca de US$ 1 bilhão supostamente retirados do Banco Central por Qusay, filho de Saddam Hussein, pouco antes da guerra foi recuperado. Segundo ele, arquivos bancários indicam que os US$ 850 milhões encontrados por tropas americanas fazem parte da fortuna supostamente retirada pelo filho do ex-ditador.