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Combate chega ao centro de Najaf
DA REDAÇÃO
Pela primeira vez desde que os
EUA cercaram Najaf e intensificaram suas ações contra o clérigo
radical xiita Moqtada al Sadr, há
quase 40 dias, os combates atingiram o centro da cidade considerada sagrada pelos xiitas -algo que
o comando americano temia gerar um levante nacional.
Sete tanques invadiram um cemitério nas cercanias da cidade,
palco de combates anteriores, e
explosões e tiros foram ouvidos
por cerca de seis horas na região
da maior delegacia local, a 1 km
dos principais templos xiitas.
Após os embates, Al Sadr exibiu
a jornalistas três furos no domo
da mesquita do imã Ali, a mais
importante, atribuindo-os a tiros
das forças americanas. Mas o porta-voz militar dos EUA, general
Mark Kimmitt, reagiu: "Só de
olhar para o local de onde estávamos atirando e para onde estava
milícia de Moqtada, eu aposto dinheiro que foi ele quem fez isso".
Segundo registros hospitalares,
o confronto deixou quatro mortos e 26 feridos, civis em sua maioria. É provável que mais gente tenha morrido no cemitério, mas os
corpos não foram recolhidos.
No fim da tarde, a milícia de Al
Sadr, o Exército Mehdi, atacou a
base da Autoridade Provisória da
Coalizão em Nassiriah, ao sul, e
tomou o gabinete do governador.
Cerca de 20 funcionários estrangeiros ficaram presos no prédio.
O principal clérigo xiita do Iraque, aiatolá Ali al Sistani, voltou a
pedir, por meio de assessores, o
cessar-fogo.
Transição
O líder da APC, Paul Bremer,
disse ontem que os EUA deixarão
o Iraque se os iraquianos assim
quiserem. "Se o governo interino
pedir nossa saída, sairemos. Mas
não acho que isso acontecerá",
disse. A APC será dissolvida em
30 de junho próximo, quando assumirá um governo interino iraquiano, mas a presença militar
americana deve ser mantida.
A seis semanas da transição, o
modelo do governo não foi definido. A expectativa é que ele seja
determinado por uma resolução
da ONU, que já está sendo discutida informalmente no Conselho
de Segurança.
Ontem, o chanceler francês, Michel Barnier, e seus colegas do G-8
se reuniram com o presidente
George W. Bush na Casa Branca.
Um dos temas discutidos foi a limitação da estada americana no
Iraque e seu condicionamento à
permissão do governo provisório.
Com agências internacionais
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