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SAÚDE
Especialista critica dieta da população, que privilegia fritura e doce
Um quarto dos cubanos é obeso
DA FRANCE PRESSE, EM HAVANA
Os cubanos se queixam da escassez de alimentos, mas as estatísticas médicas indicam que um
quarto dos 11,2 milhões de habitantes de Cuba sofre de "algum
grau de obesidade".
A médica Maria Tosar Perez
disse ao jornal "Juventud Rebelde" que a obesidade "já representa um problema de saúde em
Cuba. Entre 20% e 30% da população apresenta algum grau de
obesidade". Ou seja: cerca de 2
milhões de pessoas sofrem da
doença na ilha.
Tosar dirige o Centro Dr. Ernesto Guevara de Desenvolvimento de Medicina Tradicional
e Natural, instituição fundada
em 1996 e que hoje atende 150
pacientes que apresentam obesidade. Desses, 30% conseguiram
reduzir seu peso, e os demais
"estão em processo de alcançar
seu objetivo de forma gradual".
De acordo com a especialista,
"o aumento da gordura corporal
já constitui o problema nutricional mais presente no mundo desenvolvido e, em alguns países,
chega a afetar entre 25% e 45%
da população adulta".
A primeira causa da doença é
um gasto energético inferior à
energia ingerida. Também há
uma influência genética, associada aos hábitos dietéticos e ao sedentarismo.
"Já foi estabelecido que, se pai e
mãe são obesos, os riscos de que
seus filhos possuam essa característica são de entre 69% e 80%",
disse Tosar.
No caso de Cuba, muitos especialistas acham que a culpa é dos
hábitos alimentares da população, que incluem o alto consumo
de gorduras, açúcares e carboidratos.
Apesar da campanha nacional
em favor do consumo de vegetais encabeçada pelo presidente
Fidel Castro, os cubanos continuam a dar preferência à pizza
como "comida rápida", aos alimentos fritos, ao arroz com feijão e aos doces excessivamente açucarados.
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