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Ação antiterror acirra extremistas
DA REDAÇÃO
Após a derrota do regime Taleban no Afeganistão -em razão
da campanha liderada pelos
EUA- o Paquistão se tornou
uma das principais frentes de batalha na guerra contra o terrorismo lançada após 11 de setembro.
Centenas de militantes da rede
Al Qaeda, do saudita Osama bin
Laden, teriam fugido de solo afegão e buscado refúgio em território paquistanês. Lá, contam com
o apoio de grupos islâmicos e de
milhares de simpatizantes.
O presidente paquistanês, general Pervez Musharraf, inflamou os
ânimos dos extremistas ao se alinhar à coalizão global forjada pelos EUA para combater o Taleban, a Al Qaeda e o terrorismo.
Em cooperação com agentes
britânicos e americanos, o governo paquistanês já prendeu ao menos 400 suspeitos de envolvimento com a Al Qaeda. Assim, o Paquistão se tornou um lugar perigoso para estrangeiros, principalmente americanos e europeus.
A disputa territorial com a Índia
na Caxemira ajuda a complicar o
cenário. Islamabad manteve nos
últimos anos uma política de
apoio a grupos extremistas islâmicos -acusados de terem vínculos com a Al Qaeda- empenhados em campanha separatista
na porção indiana da Caxemira.
A atividade desses militantes
ameaça levar Índia e Paquistão a
uma nova guerra. Para evitar um
conflito que poderia ser nuclear,
Musharraf se empenha agora em
combatê-los. Gera, com isso, ainda mais descontentamento contra si e contra o principal patrocinador de seu regime, os EUA.
O atentado de ontem ao consulado americano, o quarto contra
estrangeiros neste ano no país,
ocorreu a 1,5 km do local onde,
em maio, outro carro-bomba matou 14 pessoas (entre os quais 11
engenheiros franceses). Foi em
Karachi também que o jornalista
americano Daniel Pearl, do "Wall
Street Journal", foi sequestrado
em janeiro e posteriormente assassinado por extremistas.
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