DA ASSOCIATED PRESS

Militares norte-americanos mataram cinco civis iraquianos ao responder a uma emboscada contra uma patrulha na região de Balad, ao norte de Bagdá.
Um porta-voz das Forças Armadas dos EUA negou-se a comentar a acusação, dizendo que civis que disparem armas não podem mais ser considerados civis.
O fazendeiro Jaafar Obeid disse que cinco membros de uma família vizinha, incluindo o pai de 70 anos e três de seus filhos, foram mortos por forças norte-americanas que aparentemente os confundiram com combatentes irregulares tentando escapar.
Nos últimos dias, confrontos entre tropas dos EUA e membros da resistência iraquiana deixaram dezenas de mortos. Os relatos sobre o número de mortes são conflitantes. O Comando Central dos EUA chegou a falar em 27 mortos em Balad na quinta-feira, mas oficiais que estiveram no local dos combates baixaram essa cifra para cinco ou sete. No total acumulado, as mortes chegariam a 97, considerando-se a versão do Comando Central para Balad.
O recrudescimento dos combates parece fazer parte de uma crescente campanha de iraquianos que se opõem à ocupação norte-americana. Os combates atingiram na semana passada seu ponto culminante desde que o fim da guerra foi oficialmente declarado no dia 1º de maio.
A emboscada em Balad começou pouco antes da meia-noite de quinta-feira, quando rebeldes detonaram uma mina terrestre e atiraram foguetes numa patrulha composta por dois tanques da 4ª Divisão de Infantaria.
Os tanques responderam ao ataque matando quatro iraquianos. A patrulha também pediu reforços, que se puseram a caçar os rebeldes. Não houve vítimas do lado americano.
No sábado, 40 habitantes do vilarejo de Elheer, velavam os cinco mortos da mesma família.

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