São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 2002

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ORIENTE MÉDIO

Israelenses matam um líder do Hamas

Organizações palestinas discutem futuro da Intifada e atentados

DA REDAÇÃO

Profundamente divididas, as principais organizações palestinas têm realizado encontros secretos para chegar a um consenso sobre a Intifada (levante contra a ocupação israelense) e para estabelecer se os atentado suicidas são ou não uma arma legítima contra Israel. A informação é do diário "The Washington Post".
O objetivo das discussões seria compor uma frente palestina unificada para definir qual deve ser a posição dos grupos palestinos no atual conflito. Os palestinos querem agir com uma coesão ideológica e política que sirva de base para um programa nacional que leve a um governo de coalizão e até mesmo à suspensão dos atentados suicidas, disse o "Post".
As conversas, que acontecem há cerca de um mês, envolvem 12 grupos, entre eles o Fatah, do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, e os extremistas islâmicos Hamas e o Jihad Islâmico. Os dois últimos já disseram que seguirão cometendo atentados terroristas contra civis israelenses.
Mediadores dos EUA e da Europa e emissários de Arafat estiveram presentes nas discussões.
Israel minimizou as conversações, afirmando que os palestinos estão querem fazer relações públicas para melhorar sua imagem, desgastada pelos atentados.
"Eles tentaram eliminar o terrorismo por consenso. Nós já vimos isso antes, e nunca funciona", disse Raanan Gissin, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.
Autoridades palestinas e israelenses se reuniram ontem para discutir o plano oferecido por Israel de desocupar primeiro Gaza e depois cidades da Cisjordânia em troca de a ANP impedir que a região seja usada para lançar ataques terroristas.
Os palestinos disseram que Israel está disposto a sair apenas da faixa de Gaza. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Shimon Peres, rebateu dizendo que, em Gaza, a ANP tem mais condições de manter a segurança, o que não ocorreria na Cisjordânia.

Líder do Hamas
Forças israelenses mataram Nasr Jarrar, 44, um dos principais líderes do Hamas na Cisjordânia. Sua casa, na vila de Tubas (norte da Cisjordânia), foi bombardeada e seu corpo foi encontrado no meio dos escombros. Outro palestino morreu no ataque.
Jarrar, que andava de cadeira de rodas após se ferir fabricando uma bomba, era acusado de envolvimento em atentados. O Hamas prometeu vingança.


Com agências internacionais


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