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JULGAMENTO
Declaração foi feita em tribunal de Israel
"Intifada vencerá", diz líder do Fatah
DA REDAÇÃO
Marwan Barghouti, 43, um dos principais líderes do Fatah
(grupo político de Iasser Arafat), disse ontem que a "Intifada [levante contra a ocupação israelense" vencerá", durante audiência em tribunal de Tel
Aviv, ao ser acusado de ser responsável pela morte de 26 israelenses em 37 atentados.
A afirmação foi feita em hebraico para jornalistas que lotavam a Corte Distrital de Tel Aviv, onde Israel está conduzindo o primeiro julgamento
de uma importante autoridade
civil palestina nos quase dois
anos de Intifada.
Analistas dizem que Israel
deve usar todos os procedimentos possíveis contra Barghouti, uma das mais carismáticas figuras palestinas e tido
como possível sucessor de Arafat, para provar que grupos
próximos ao líder palestino estão envolvidos com o terror.
Mas eles afirmam que o julgamento pode se voltar contra
os israelenses se os advogados
palestinos de Barghouti souberem usar a mídia para apresentar seu cliente como uma vítima de uma política de usar a
Justiça para desacreditar a Autoridade Nacional Palestina.
Barghouti, que alega inocência, não foi questionado nos 15
minutos da sessão inaugural.
Seus advogados afirmaram que
Israel não tem o direito de julgar Barghouti por ele ser membro do Conselho Legislativo
Palestino.
O julgamento de Barghouti
prosseguirá em 5 de setembro.
Israel acusa Barghouti de liderar o grupo extremista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah, que assumiu a
autoria de dezenas de atentados contra israelenses. Segundo a promotora Dvora Chen, "Barghouti será julgado por assassinato, tentativa de assassinato e envolvimento com atividades terroristas".
Barghouti foi capturado por Israel em abril, na Cisjordânia,
e afirma que é um líder político contrário à violência. Já disse
anteriormente ser contra ataques contra civis israelenses
mas, na sua avaliação, os palestinos devem resistir à ocupação
de Israel.
Com agências internacionais
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