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São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 2003

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Região e ONU pedem respeito à democracia

DA REDAÇÃO

Governos de vários países e organizações internacionais se manifestaram ontem para pedir aos bolivianos que respeitem sua democracia, após a intensificação das manifestações populares contra o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada e a violenta repressão militar e policial aos protestos.
A Embaixada dos EUA em La Paz reiterou o apoio ao governo, após o Departamento de Estado ter anunciado anteontem que a derrubada do presidente não será tolerada. "Expressamos apoio a este governo. Não deve ser substituído por um imposto pela força."
Os EUA são um dos principais aliados de Sánchez de Lozada e bancam ações para erradicar a coca, um dos motivos dos protestos.
Na América Latina, a Colômbia, a Venezuela, a Argentina e o Peru defenderam o diálogo. O Brasil já havia se manifestado na mesma linha anteontem.
O chanceler venezuelano, Roy Chaderton, disse que seu país, também sob forte tensão política, deve ser exemplo para a Bolívia. "Pode solucionar e superar seus problemas políticos, sociais e econômicos em paz e com democracia, mas procurando, como estamos fazendo e devem fazer todos os nossos países: a justiça social dentro da democracia", afirmou.
O presidente peruano, Alejandro Toledo, também alvo de forte contestação interna, disse na Alemanha que "a institucionalidade democrática deve prevalecer".
Na OEA (Organização dos Estados Americanos), o Conselho Permanente manifestou respaldo a Sánchez de Lozada e rechaçou "qualquer ação contra o sistema democrático". O foro político do Mercosul ampliado, com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, mais Chile e Bolívia, recomendou que a crise "seja superada com respeito ao sistema democrático".
Em Nova York, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu que governo e oposição "atuem com moderação". Para Javier Solana, da União Européia, os sindicatos bolivianos devem aceitar o "diálogo nacional" proposto.


Com agências internacionais

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