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Região e ONU pedem respeito à democracia
DA REDAÇÃO
Governos de vários países e organizações internacionais se manifestaram ontem para pedir aos
bolivianos que respeitem sua democracia, após a intensificação
das manifestações populares contra o presidente Gonzalo Sánchez
de Lozada e a violenta repressão
militar e policial aos protestos.
A Embaixada dos EUA em La
Paz reiterou o apoio ao governo,
após o Departamento de Estado
ter anunciado anteontem que a
derrubada do presidente não será
tolerada. "Expressamos apoio a
este governo. Não deve ser substituído por um imposto pela força."
Os EUA são um dos principais
aliados de Sánchez de Lozada e
bancam ações para erradicar a coca, um dos motivos dos protestos.
Na América Latina, a Colômbia,
a Venezuela, a Argentina e o Peru
defenderam o diálogo. O Brasil já
havia se manifestado na mesma
linha anteontem.
O chanceler venezuelano, Roy
Chaderton, disse que seu país,
também sob forte tensão política,
deve ser exemplo para a Bolívia.
"Pode solucionar e superar seus
problemas políticos, sociais e econômicos em paz e com democracia, mas procurando, como estamos fazendo e devem fazer todos
os nossos países: a justiça social
dentro da democracia", afirmou.
O presidente peruano, Alejandro Toledo, também alvo de forte
contestação interna, disse na Alemanha que "a institucionalidade
democrática deve prevalecer".
Na OEA (Organização dos Estados Americanos), o Conselho
Permanente manifestou respaldo
a Sánchez de Lozada e rechaçou
"qualquer ação contra o sistema
democrático". O foro político do
Mercosul ampliado, com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai,
mais Chile e Bolívia, recomendou
que a crise "seja superada com
respeito ao sistema democrático".
Em Nova York, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu
que governo e oposição "atuem
com moderação". Para Javier Solana, da União Européia, os sindicatos bolivianos devem aceitar o
"diálogo nacional" proposto.
Com agências internacionais
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