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São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 2003

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Petrobras diz que não sofre dano na Bolívia

DA SUCURSAL DO RIO

Maior empresa da Bolívia, a Petrobras acompanha de perto a crise política no país vizinho. A estatal brasileira informou que nenhuma operação foi afetada e que o gás boliviano está sendo exportado normalmente para o Brasil.
Presente na Bolívia desde 1996, a Petrobras tem pouco menos de 10% das reservas de gás locais (64 bilhões de metros cúbicos, do total de 680 bilhões). Controla ainda as duas refinarias do país e quase 80 postos de abastecimento. No Brasil, as reservas de gás são de 650 bilhões de metros cúbicos.
Todas as atividades da Petrobras na Bolívia estão longe do principal foco de protestos, na região de La Paz, segundo a empresa. A sede, porém, fica em Santa Cruz de La Sierra (perto da fronteira com o Brasil), onde também houve tumultos. A exploração de gás se concentra no extremo sul.
A Petrobras explora cinco blocos de gás na Bolívia. Produz, em média, 2.500 barris de óleo e condensado (óleo levíssimo, associado ao gás) e 17,2 mil barris de gás. Além disso, tem 51% do trecho brasileiro do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol) e um duto que liga a exploração no sul ao Gasbol.
O gás boliviano não tem sido bom negócio para a Petrobras, que tenta renegociar o preço da importação e a forma de reajuste (atrelada ao dólar) há quase dois anos. Como o programa termelétrico brasileiro não deslanchou, o gasoduto está ocioso. O país importa 11 milhões de metros cúbicos por dia, ante uma capacidade de 30 milhões.(PEDRO SOARES)

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