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Petrobras diz que não sofre dano na Bolívia
DA SUCURSAL DO RIO
Maior empresa da Bolívia, a Petrobras acompanha de perto a crise política no país vizinho. A estatal brasileira informou que nenhuma operação foi afetada e que
o gás boliviano está sendo exportado normalmente para o Brasil.
Presente na Bolívia desde 1996,
a Petrobras tem pouco menos de
10% das reservas de gás locais (64
bilhões de metros cúbicos, do total de 680 bilhões). Controla ainda
as duas refinarias do país e quase
80 postos de abastecimento. No
Brasil, as reservas de gás são de
650 bilhões de metros cúbicos.
Todas as atividades da Petrobras na Bolívia estão longe do
principal foco de protestos, na região de La Paz, segundo a empresa. A sede, porém, fica em Santa
Cruz de La Sierra (perto da fronteira com o Brasil), onde também
houve tumultos. A exploração de
gás se concentra no extremo sul.
A Petrobras explora cinco blocos de gás na Bolívia. Produz, em
média, 2.500 barris de óleo e condensado (óleo levíssimo, associado ao gás) e 17,2 mil barris de gás.
Além disso, tem 51% do trecho
brasileiro do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol) e um duto que liga a
exploração no sul ao Gasbol.
O gás boliviano não tem sido
bom negócio para a Petrobras,
que tenta renegociar o preço da
importação e a forma de reajuste
(atrelada ao dólar) há quase dois
anos. Como o programa termelétrico brasileiro não deslanchou, o
gasoduto está ocioso. O país importa 11 milhões de metros cúbicos por dia, ante uma capacidade
de 30 milhões.(PEDRO SOARES)
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