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Três dos 33 resgatados deixam hospital
DA ENVIADA A COPIAPÓ
Os mineiros Juan Illanes,
Carlos Mamani e Edison Peña foram os primeiros a sair
do Hospital Regional de Copiapó, ontem à noite, retomando suas vidas. Mas não
sem contratempos.
Aprisionados na mina
San José durante mais de
dois meses, os resgatados
ainda tiveram de passar horas presos na burocracia da
previdência social chilena.
Os homens estavam em
tão boas condições de saúde e psicológicas que o corpo clínico do Hospital Regional de Copiapó resolveu,
já na manhã de ontem, dar-lhes alta. Sairiam às 16h.
Nas duas entradas principais do hospital postaram-se jornalistas, parentes e curiosos à espera da saída
triunfal dos primeiros trabalhadores.
Às 16h09, em vez deles,
surgiu Alejandro Pino, gerente da Associação Chilena de Previdência (ACHS,
na sigla em espanhol).
Anunciou que os mineiros teriam de ficar 48 horas
no hospital se quisessem receber o seguro a que têm direito como vítimas de acidente de trabalho. Adiava,
assim, a saída para hoje.
A ACHS é uma poderosa
corporação privada sem
fins lucrativos, administradora do seguro por acidentes de trabalho e doenças
profissionais, uma taxa que
incide sobre todos os salários pagos no Chile.
Pressionados, o subdiretor médico do hospital, Jorge Montes, e a diretora do
Serviço de Saúde de Atacama, Paola Neumann, foram
à tribuna de imprensa.
Às 18h30, eles repetiram
que os três homens já não
precisavam mais de cuidados médicos. E que não manifestavam qualquer problema psicológico.
Passava das 22h quando
os três mineiros foram liberados. Saíram em vans,
acompanhados por familiares, em direção a suas casas. Receberam-nos os vizinhos. Festa na rua.0
(LC)
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