São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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Três dos 33 resgatados deixam hospital

DA ENVIADA A COPIAPÓ

Os mineiros Juan Illanes, Carlos Mamani e Edison Peña foram os primeiros a sair do Hospital Regional de Copiapó, ontem à noite, retomando suas vidas. Mas não sem contratempos.
Aprisionados na mina San José durante mais de dois meses, os resgatados ainda tiveram de passar horas presos na burocracia da previdência social chilena.
Os homens estavam em tão boas condições de saúde e psicológicas que o corpo clínico do Hospital Regional de Copiapó resolveu, já na manhã de ontem, dar-lhes alta. Sairiam às 16h.
Nas duas entradas principais do hospital postaram-se jornalistas, parentes e curiosos à espera da saída triunfal dos primeiros trabalhadores.
Às 16h09, em vez deles, surgiu Alejandro Pino, gerente da Associação Chilena de Previdência (ACHS, na sigla em espanhol).
Anunciou que os mineiros teriam de ficar 48 horas no hospital se quisessem receber o seguro a que têm direito como vítimas de acidente de trabalho. Adiava, assim, a saída para hoje.
A ACHS é uma poderosa corporação privada sem fins lucrativos, administradora do seguro por acidentes de trabalho e doenças profissionais, uma taxa que incide sobre todos os salários pagos no Chile.
Pressionados, o subdiretor médico do hospital, Jorge Montes, e a diretora do Serviço de Saúde de Atacama, Paola Neumann, foram à tribuna de imprensa.
Às 18h30, eles repetiram que os três homens já não precisavam mais de cuidados médicos. E que não manifestavam qualquer problema psicológico.
Passava das 22h quando os três mineiros foram liberados. Saíram em vans, acompanhados por familiares, em direção a suas casas. Receberam-nos os vizinhos. Festa na rua.0 (LC)


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