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LEI
Medida integra ofensiva de Kirchner
Argentina endurece punição a policiais
CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES
A Câmara argentina aprovou
uma lei que endurece as penas para integrantes das forças de segurança do país envolvidos em crimes. A medida vai à sanção do
presidente Néstor Kirchner.
A nova lei vem reforçar a ofensiva de Kirchner contra instituições
que gozam de pouca credibilidade popular -Justiça, Forças Armadas e polícia.
Segundo a lei, um agente de segurança que cometer um homicídio, "abusando de sua função ou
cargo", será condenado à prisão
perpétua. Já as penas mínimas e
máximas relativas a roubos e furtos sofrerão aumento de um terço, caso esses delitos sejam cometidos por um integrante de força
policial ou agente penitenciário.
Estatísticas publicadas pelo jornal "Clarín" dão conta de que, de
todos os integrantes de forças de
segurança presos, 20% foram
condenados por homicídio e outros 18% por delitos contra a propriedade, como roubos e furtos.
Para o analista político Jorge
Giacobbi, a lei é "uma reação da
classe dirigente" ao fato de que,
"em muitos casos, membros importantíssimos das forças de segurança chefiam quadrilhas".
Em contraste com a nova lei, deputados do bloco kirchnerista
apresentaram um projeto de anistia para organizações piqueteiras.
A medida livraria de ações judiciais mais de 3.000 pessoas processadas por participação em
marchas, ocupações de prédios e
outras formas de protesto social.
O projeto ainda não tem apoio
formal do governo.
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