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Blair condiciona solução a acordo de Israel e palestinos
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou ontem
que não é possível solucionar a
crise no Iraque sem tratar do
conflito entre israelenses e palestinos. Para Blair, só um amplo plano de pacificação do
Oriente Médio atrairia o apoio
de países muçulmanos pró-Ocidente, o que, por sua vez,
aumentaria a pressão sobre o
Irã e a Síria.
A declaração foi feita por videoconferência ao Grupo de
Estudos do Iraque, comissão
bipartidária americana que
busca novas estratégias para o
Iraque e deve reportar suas
conclusões ao presidente George W. Bush e ao Congresso.
Segundo um porta-voz de
Blair, o premiê acredita que um
plano para pôr fim ao conflito
árabe-israelense com amplo
apoio regional diminuiria a força do discurso radical. "A maneira de lidar com o Irã é tirar
sua habilidade de explorar a
opinião muçulmana. E confrontar Irã e Síria com a escolha
estratégica de ou ser parte da
solução ou encarar o isolamento", disse Blair. Os dois países
apóiam grupos anti-Ocidente.
Bush sempre foi contra a inclusão de Irã e Síria num plano
de estabilização do Iraque que
favoreceria a retirada americana, já tendo definido os dois como parte de um "eixo do mal"
junto com a Coréia do Norte.
Mas a proposta vem ganhando
força nas últimas semanas, e a
derrota republicana nas eleições legislativas do último dia
7, atribuída principalmente ao
evidente fracasso da ação americana no Iraque, pode forçar
uma mudança de posição.
A Síria se mostra disposta à
aproximação. Ontem, editorial
de um jornal do governo disse
que ela "está pronta para o diálogo com os EUA para obter segurança e estabilidade... e estende sua mão". Já o presidente
iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse concordar em negociar desde que os EUA "corrijam seu comportamento".
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