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ONU e ONGs pedem fim de bloqueio a Gaza
Há 11 dias, Israel proíbe entrada de suprimentos em reação a disparo de foguetes por militantes do Hamas
DA REDAÇÃO
Israel manteve ontem pelo
11º dia consecutivo o bloqueio à
faixa de Gaza, reiniciado depois
que militantes do Hamas dispararam foguetes contra o território israelense no último dia
5. A medida israelense vem
sendo criticada pela ONU e por
organizações não governamentais, já que faltam alimentos,
medicamentos e combustível
em Gaza, onde vivem 750 mil
palestinos.
"O secretário-geral está
preocupado que comida e assistência médica estejam sendo
negadas a centenas de milhares
de pessoas e enfatiza que medidas que aumentem o sofrimento da população civil da faixa de
Gaza são inaceitáveis e devem
ser revertidas imediatamente",
disse nota divulgada pela assessoria do secretário-geral da
ONU, Ban Ki-moon.
A ONG de combate à pobreza
e à fome Oxfam, por sua vez,
conclamou os líderes mundiais
a agirem. "A omissão da comunidade internacional acabará
exacerbando o sofrimento humano e pode ameaçar mais ainda as chances de paz", disse o
diretor Jeremy Hobbes.
O bloqueio começou no dia 5,
quando tropas israelenses entraram em Gaza para destruir
túnel que Jerusalém dizia ter
sido construído para seqüestrar seus soldados. O Hamas
respondeu disparando foguetes. Em reação, Israel retomou
o bloqueio, que estava suspenso desde a trégua entre as duas
partes, acertada em junho.
Desde então, as duas partes
vêm disparando foguetes em
represália às ações do outro lado, e pelo menos 11 palestinos
já morreram. "Se vocês querem
pôr fim à trégua, estamos prontos. Mas, se querem que ela
continue, então sigam as suas
regras", disse ontem o líder do
Hamas Mahmoud Zahar.
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que,
por enquanto, o bloqueio será
mantido. "A pressão de Israel
sobre o Hamas vai continuar."
Com agências internacionais
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