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ORIENTE MÉDIO
Prisão era exigência do governo de Israel
Arafat detém líder extremista; dois israelenses são mortos em ataques
DA REDAÇÃO
Dois israelenses foram mortos
por extremistas palestinos em incidentes separados na Cisjordânia. Horas depois, a Autoridade
Nacional Palestina, de Iasser Arafat, anunciou a prisão do líder da
Frente Popular pela Libertação da
Palestina (FPLP), Ahmed Saadat.
O grupo extremista havia assumido a morte do ministro israelense Rehavam Zeevi, em outubro. A detenção de Saadat era
uma das exigências israelenses
para permitir a livre circulação de
Arafat, cercado desde 3 de dezembro em Ramallah, na Cisjordânia.
Israel disse que essa deve ser mais
uma prisão "virtual" da ANP.
No início do dia, em mais uma
ação de vingança pela morte de
um de seus líderes, Raed al Karmi,
em explosão anteontem atribuída
a Israel, militantes da Brigada dos
Mártires de Al Aqsa, braço armado do Fatah, facção política de
Arafat, mataram o colono Avi
Boaz, 72, em Belém (Cisjordânia).
Ele vivia no assentamento de
Maaleh Adumim e estava indo
comprar material de construção
quando foi cercado por membros
do grupo extremista e levado para
um outro local, onde recebeu vários tiros.
O grupo extremista emitiu comunicado dizendo que suas "heróicas tropas atiraram contra um
sujo agente israelense. Essa é outra, mas não a última, resposta à
morte do mártir Karmi". Anteontem, a brigada já havia matado
um soldado israelense.
O ministro da Defesa de Israel,
Benjamin Ben-Eliezer, negou que
o Exército israelense tivesse plantado a bomba que matou Karmi.
Porém a imprensa israelense afirmou que Karmi foi morto pelo
Exército em uma prática de "eliminação seletiva" de terroristas.
Mais tarde, uma mulher foi
morta e outra ferida quando
abasteciam o carro perto assentamento de Givat Zeevi, a 5 km de
Jerusalém. Uma rede de TV israelense afirmou que a FPLP era a
responsável, porém o grupo não
reivindicou o ataque.
As mortes colocaram um ponto
final na trégua pedida por Arafat
em 16 de dezembro e aceita pelos
principais grupos extremistas. Ao
menos 804 palestinos e 239 israelenses morreram devido à violência na região desde a eclosão da
Intifada (o levante palestino contra a ocupação israelense), em setembro de 2000.
Com agências internacionais
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