DEBORAH CHARLES
DA REUTERS

Três meses antes dos atentados de 11 de setembro, o norte-americano combatente da milícia extremista Taleban John Walker Lindh, 20, soube que o saudita Osama bin Laden estava planejando atos terroristas contra os EUA, segundo o Departamento de Justiça.
A informação foi divulgada no mesmo dia em que ficou decidida a entrega de Walker para o Departamento de Justiça. Ele deverá ser julgado por colaborar com organizações terroristas. Caso fosse submetido a um julgamento por traição em uma corte militar, o taleban norte-americano poderia ser condenado à morte.
Em interrogatórios feitos após a sua captura, Walker afirmou, segundo o Departamento de Justiça, que em junho, semanas após a sua chegada a um campo de treinamento da rede terrorista Al Qaeda no Afeganistão, ele ficou sabendo dos prováveis ataques contra os EUA.
Um instrutor lhe disse que Bin Laden havia enviado algumas pessoas aos EUA para realizarem uma série de operações suicidas, porém não se aprofundou sobre o assunto.
Walker, que afirma ter se encontrado com Bin Laden, acrescentou que recebeu a notícia dos atentados por rádio. Nesse momento, ele e outros integrantes do Taleban foram enviados para a linha de frente na guerra contra a Aliança do Norte, e todos os campos da Al Qaeda foram fechados.
De acordo com o norte-americano, ele e seus companheiros sabiam que Bin Laden havia dado a ordem para os atentados e a expectativa era de que outros ataques contra norte-americanos aconteceriam.
No período em que foi treinado pela Al Qaeda, Walker aprendeu a utilizar armas, explosivos e técnicas de navegação.


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