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SOLIDARIEDADE
Parentes de vítimas do terror visitam afegãos atingidos pela guerra
Famílias tentam curar feridas
DA REDAÇÃO
Parentes das vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro nos EUA chegaram ontem a
Cabul para um encontro com
afegãos que perderam familiares durante os bombardeios
americanos. O grupo de direitos
humanos Global Exchange, que
organizou a visita, espera que o
contato ajude a curar feridas e a
promover a reconciliação entre
os dois países.
"Como cidadãos de uma nação rica que empregou uma força mortal contra o Afeganistão
temos a responsabilidade moral
de ajudar vítimas inocentes no
Afeganistão", disse Medea Benjamin, fundadora da Global Exchange, organização internacional que busca criar laços mais
profundos entre as pessoas.
"É um privilégio estar aqui e
compartilhar nossas experiências", ressaltou Derrill Bodley,
56, uma professora de música
da Califórnia cuja filha Deora
morreu a bordo do avião da
United Airlines que caiu na Pensilvânia. "Ao compartilharmos
nosso sofrimento talvez sejamos capazes de evitar outras
perdas no futuro", salientou.
Quatro americanas estão visitando o Afeganistão por três
dias, entre elas Rita Lasar, 70,
uma aposentada de Nova York
que perdeu o irmão no ataque
contra o World Trade Center, e
Kelly Campbell, 29, uma ambientalista da Califórnia cujo irmão foi morto no ataque contra
o Pentágono. Eva Rupp, 28, irmã não-sanguínea de Deora Bodley, também integra o grupo.
Em Cabul, elas visitarão várias
famílias afegãs cujas vidas também foram profundamente
marcadas pelos desdobramentos dos ataques de setembro.
Embora nunca se venha a saber o número exato de pessoas
mortas nos bombardeios contra
o Afeganistão, organizações de
direitos humanos estimam que
entre 2.000 e 4.000 afegãos tenham morrido. Nos EUA, os
ataques terroristas deixaram
mais de 3.000 mortos.
Com agências internacionais
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