São Paulo, sexta-feira, 16 de janeiro de 2004

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Explosão mata três em ônibus universitário

DA REDAÇÃO

Dois estudantes e um motorista iraquiano morreram ontem, quando o ônibus que eles estavam, da Universidade de Tikrit, atingiu uma mina terrestre antitanque em uma estrada a oeste da cidade, no norte do país.
A explosão, que ocorreu quando a maioria dos estudantes já tinha sido deixada em casa, destruiu a parte frontal do ônibus e foi vista a quilômetros de distância, disse o comando americano. O único sobrevivente, um universitário sentado na parte traseira do veículo no momento da explosão, foi gravemente ferido.
Na mesma região, nas cercanias de Baquba, onde um carro-bomba explodiu anteontem, três confrontos entre soldados dos EUA e supostos insurgentes resultaram na morte de sete suspeitos.
Em Abu Kharma, a 15 km de Baquba, quatro suspeitos foram mortos e um soldado dos EUA foi ferido em um tiroteio durante uma ação militar para capturar insurgentes. Na operação, 31 supostos rebeldes foram detidos, e 19 fuzis e seis granadas-foguetes foram apreendidos, além de munição e explosivos.
Em Khalas, a 10 km de Baquba, soldados dos EUA atiraram e mataram dois homens que cavavam um buraco no chão aparentemente para plantar uma mina. E em Jalula, perto de Tikrit, um homem foi morto ao atacar a tiros um grupo de militares.

Estrangeiros detidos
Um grupo de parlamentares britânicos disse que há inúmeros cidadãos europeus e americanos entre um grupo de supostos rebeldes iranianos que foi detido no Iraque e pode ser extraditado para o Irã. O Conselho de Governo Iraquiano ordenou, em dezembro, a expulsão do país de membros do grupo rebelde Mujahidin do Povo detidos pelos EUA.
"Não há nenhuma dúvida de que, se isso acontecer, estaremos condenando essas centenas que estão no Iraque à imediata tortura e à morte", disse Win Griffiths, parlamentar trabalhista.
A Embaixada do Irã em Londres declarou que apenas os líderes rebeldes deverão ser punidos. Os demais deverão ser liberados.
Segundo o lorde Corbett, entre os detidos há inúmeros cidadãos americanos e europeus, incluindo britânicos.
A Chancelaria britânica, no entanto, diz que não tem informação sobre cidadãos britânicos detidos no Iraque.
O Canadá já declarou ter 20 cidadãos seus entre os presos e exortou os EUA a não extraditá-los para o Irã.


Com agências internacionais

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