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"Vitória é certa", diz
Bush; apoio vai a 73%
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
Os Estados Unidos declararam
ontem vitória na guerra contra o
Iraque.
"A nossa vitória é certa, mas
ainda não foi completada", disse
o presidente George W. Bush. Em
cerimônia na Casa Branca, ele
afirmou que outra guerra, a contra o terrorismo, "continua".
"A proliferação de armas de
destruição em massa ainda é uma
ameaça para todo o mundo civilizado", disse. "E nós mandamos
uma mensagem clara aos que nos
ameaçam. Vamos nos defender.
Mantivemos a nossa palavra: o
que começamos, terminaremos."
Pesquisa divulgada ontem pelo
jornal "The New York Times" e
pela rede CBS mostra que a aprovação ao governo de Bush saltou
para 73%, contra os 59% que o
apoiavam antes do início da guerra contra o Iraque.
O apoio à guerra continua na
faixa de 78%, mas a opinião pública aprova a ação mesmo que ela
não atinja completamente seus
objetivos.
Por exemplo, 60% dizem que
vão considerar os EUA vitoriosos
mesmo que nenhuma arma de
destruição em massa seja encontrada no Iraque, e 51% afirmaram
o mesmo para o caso de Saddam
Hussein não ser encontrado, vivo
ou morto.
Coréia do Norte é temida
Dos entrevistados, 38% apóiam
novos ataques preventivos dos
EUA, e 39% acham que a Coréia
do Norte é a principal ameaça hoje à segurança interna. A Síria, alvo de ataques verbais coordenados do alto escalão da administração Bush, é considerada uma
ameaça por apenas 5%.
Em outra pesquisa, publicada
anteontem pelo "Wall Street Journal", 59% dos americanos responderam que os EUA não deveriam atacar a Síria.
Bush não voltou a reiterar ontem o tom das ameaças dirigidas a
Damasco nos últimos dias. Ao
contrário, seu secretário de Estado, Colin Powell, declarou que
"não há uma lista" de países que
os EUA pretendem atacar.
"O caso do Iraque era único",
afirmou Powell em entrevista a
jornalistas estrangeiros.
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