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São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 2003

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"Vitória é certa", diz Bush; apoio vai a 73%

FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON

Os Estados Unidos declararam ontem vitória na guerra contra o Iraque.
"A nossa vitória é certa, mas ainda não foi completada", disse o presidente George W. Bush. Em cerimônia na Casa Branca, ele afirmou que outra guerra, a contra o terrorismo, "continua".
"A proliferação de armas de destruição em massa ainda é uma ameaça para todo o mundo civilizado", disse. "E nós mandamos uma mensagem clara aos que nos ameaçam. Vamos nos defender. Mantivemos a nossa palavra: o que começamos, terminaremos."
Pesquisa divulgada ontem pelo jornal "The New York Times" e pela rede CBS mostra que a aprovação ao governo de Bush saltou para 73%, contra os 59% que o apoiavam antes do início da guerra contra o Iraque.
O apoio à guerra continua na faixa de 78%, mas a opinião pública aprova a ação mesmo que ela não atinja completamente seus objetivos.
Por exemplo, 60% dizem que vão considerar os EUA vitoriosos mesmo que nenhuma arma de destruição em massa seja encontrada no Iraque, e 51% afirmaram o mesmo para o caso de Saddam Hussein não ser encontrado, vivo ou morto.

Coréia do Norte é temida
Dos entrevistados, 38% apóiam novos ataques preventivos dos EUA, e 39% acham que a Coréia do Norte é a principal ameaça hoje à segurança interna. A Síria, alvo de ataques verbais coordenados do alto escalão da administração Bush, é considerada uma ameaça por apenas 5%.
Em outra pesquisa, publicada anteontem pelo "Wall Street Journal", 59% dos americanos responderam que os EUA não deveriam atacar a Síria.
Bush não voltou a reiterar ontem o tom das ameaças dirigidas a Damasco nos últimos dias. Ao contrário, seu secretário de Estado, Colin Powell, declarou que "não há uma lista" de países que os EUA pretendem atacar.
"O caso do Iraque era único", afirmou Powell em entrevista a jornalistas estrangeiros.


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