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Oponentes tentam se aproximar de coalizão
DA REUTERS
A França e a Alemanha tomaram ontem iniciativas conciliatórias em relação aos EUA e ao Reino Unido, após meses de divisões
por causa da guerra ao Iraque.
Os presidentes dos EUA, George W. Bush, e da França, Jacques
Chirac, falaram-se ontem por telefone pela primeira vez em dois
meses, em uma conversa descrita
pela Casa Branca como objetiva e
por Paris como positiva.
"Ainda temos algumas diferenças. Mas isso não impede que o
presidente trabalhe de forma profissional e objetiva com um aliado
como a França", disse o porta-voz
da Casa Branca, Ari Fleischer.
Em Paris, a porta-voz de Chirac
Catherine Colonna descreveu a
conversa como "positiva".
Ela afirmou que Chirac, que tomou a iniciativa da conversa telefônica, disse a Bush que estava satisfeito com o fato de Saddam
Hussein ter caído e de a guerra ter
sido breve, apesar de manter sua
oposição inicial à guerra e insistir
em que a ONU tenha um papel
central no pós-guerra.
Colonna disse ainda que Chirac
havia informado Bush sobre o desejo da França de "agir de forma
pragmática" no que diz respeito a
questões como a reconstrução e o
governo interino do Iraque.
A Casa Branca expressou dúvidas sobre o que Chirac quis dizer
com a expressão. "Foi uma escolha interessante de palavras. Não
sei exatamente como interpretá-la", disse Fleischer.
O chanceler (premiê) alemão,
Gerhard Schröder, tomou ontem
a iniciativa de se reaproximar do
Reino Unido. Ele convidou o premiê Tony Blair para uma visita a
Hanover no caminho para um encontro da União Européia em
Atenas. Após reunir-se com Blair,
Schröder afirmou que as relações
da Alemanha com o Reino Unido
eram fortes o suficiente para
aguentar diferenças a respeito da
guerra e que ambos haviam concordado em que a ONU deveria
ter um papel importante na reconstrução do Iraque. Os EUa defendem papel menor da ONU.
"É sempre bom para a humanidade quando um ditador é removido", disse Schröder.
Com agências internacionais
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