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São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 2003

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Oponentes tentam se aproximar de coalizão

DA REUTERS

A França e a Alemanha tomaram ontem iniciativas conciliatórias em relação aos EUA e ao Reino Unido, após meses de divisões por causa da guerra ao Iraque.
Os presidentes dos EUA, George W. Bush, e da França, Jacques Chirac, falaram-se ontem por telefone pela primeira vez em dois meses, em uma conversa descrita pela Casa Branca como objetiva e por Paris como positiva.
"Ainda temos algumas diferenças. Mas isso não impede que o presidente trabalhe de forma profissional e objetiva com um aliado como a França", disse o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.
Em Paris, a porta-voz de Chirac Catherine Colonna descreveu a conversa como "positiva".
Ela afirmou que Chirac, que tomou a iniciativa da conversa telefônica, disse a Bush que estava satisfeito com o fato de Saddam Hussein ter caído e de a guerra ter sido breve, apesar de manter sua oposição inicial à guerra e insistir em que a ONU tenha um papel central no pós-guerra.
Colonna disse ainda que Chirac havia informado Bush sobre o desejo da França de "agir de forma pragmática" no que diz respeito a questões como a reconstrução e o governo interino do Iraque.
A Casa Branca expressou dúvidas sobre o que Chirac quis dizer com a expressão. "Foi uma escolha interessante de palavras. Não sei exatamente como interpretá-la", disse Fleischer.
O chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder, tomou ontem a iniciativa de se reaproximar do Reino Unido. Ele convidou o premiê Tony Blair para uma visita a Hanover no caminho para um encontro da União Européia em Atenas. Após reunir-se com Blair, Schröder afirmou que as relações da Alemanha com o Reino Unido eram fortes o suficiente para aguentar diferenças a respeito da guerra e que ambos haviam concordado em que a ONU deveria ter um papel importante na reconstrução do Iraque. Os EUa defendem papel menor da ONU.
"É sempre bom para a humanidade quando um ditador é removido", disse Schröder.


Com agências internacionais


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