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São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 2003

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RELAÇÃO ABALADA

Washington nega

França se diz vítima de campanha nos EUA

DA FRANCE PRESSE

A França denunciou oficialmente ser vítima de uma "campanha organizada de desinformação" nos EUA e enviou carta à Casa Branca na qual protestou ao governo americano por não evitar que isso ocorresse. "Não podemos aceitar que sejam feitas acusações tão sem fundamento contra a França", disse o chanceler francês, Dominique de Villepin.
O jornal "The Washington Post" noticiou que o embaixador francês em Washington, Jean-David Lévitte, enviaria uma carta à Casa Branca e ao Congresso dos EUA reclamando da falta de ação do governo em identificar os supostos instigadores de tal campanha. O embaixador incluiu uma lista de artigos. Um deles, do "New York Times", acusa Paris de ter vendido armas ao Iraque. Outro, do "Washington Times", diz que a França emitiu passaportes para ajudar funcionários iraquianos a fugirem do Iraque após a queda de Saddam Hussein. A França nega ambas as acusações.
Scott McClellan, um dos porta-vozes da Casa Branca, disse que as acusações feitas pela França "não têm nenhuma sustentação".
As autoridades francesas suspeitam que a suposta campanha tenha origem em setores mais belicistas do governo Bush. "Não estou a par de uma campanha", reagiu ontem o secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld.
As relações entre os EUA e a França ficaram balançadas devido à oposição do governo francês a uma ação militar liderada pelos EUA contra o Iraque.
Nos EUA, alguns restaurantes retiraram os vinhos franceses de seu cardápio, outros rebatizaram as batatas fritas, antes chamadas de "french fries" (fritas francesas), hoje conhecidas como "freedom fries" (fritas da liberdade).


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