São Paulo, sábado, 16 de julho de 2005 |
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MARKETING POLÍTICO "Berlusconi, Odeio Você" é coletânea editada pela própria família Livro reúne insultos a Berlusconi
DA REDAÇÃO "Falem mal, mas falem de mim." A estratégia parece ter sido adotada na política italiana. Lançado no dia 12, o livro "Berlusconi, Odeio Você" dedica 304 páginas às críticas e aos insultos recebidos pelo premiê italiano, Silvio Berlusconi, desde que ele assumiu o poder, em maio de 2001. Curiosamente, a coletânea é editada pela Mondadori -editora de sua família. Segundo reportagem do jornal francês "Le Monde" sobre o livro, alguns dos apelidos dados ao premiê são: "charlatão", "vendedor de bugiganga", "analfabeto da democracia", "Rambo da periferia", além de insultos menos originais como "irresponsável", "palhaço", "incapaz" e "louco". A coletânea dá início à campanha para as eleições legislativas de 2006. Feito a pedido do próprio Berlusconi, o livro apresenta "as ofensas da esquerda ao premiê publicadas pela agência Ansa". O prefácio, escrito pelo jornalista e senador do partido do governo, Força Itália, Paolo Guzzanti, critica a "cultura de ódio" que domina a esquerda. Entre os autores das críticas aparecem nomes como o do escritor Umberto Eco, o do Prêmio Nobel de Literatura de 1997, Dario Fo, e o do diretor de cinema e ator Nanni Moretti. Os adjetivos usados com mais freqüência para designar o chefe de governo são: "vulgar", "grosseiro" e "ditatorial". As citações também são curiosas: "Berlusconi já está cozido, não falta nada além das batatas", disse o líder da oposição de centro-esquerda, Francesco Rutelli, em março de 2005. "Berlusconi é um desastre e ponto final", concluiu Massimo D'Alema, ex-premiê italiano, em julho de 2004. Os insultos são organizados pelo nome do "insultador", em ordem alfabética. O livro foi criticado por não citar o contexto de cada ofensa e por não incluir as feitas em rádio e TV, que costumam ser mais escandalosas. Outra reclamação feita pela imprensa é que os insultos proferidos por Berlusconi contra seus inimigos não foram citados. Com agências internacionais Texto Anterior: Portas fechadas: EUA proíbem o desembarque de teólogo britânico do islamismo Próximo Texto: Cone Sul: Senado do Chile elimina heranças de Pinochet Índice |
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