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Palestino é relevante para paz, diz enviado da ONU
DE NOVA YORK
Iasser Arafat é peça relevante no
processo de paz no Oriente Médio
e líder legítimo do povo palestino.
A avaliação foi feita ontem no
Conselho de Segurança da ONU
por Terje Roed-Larsen, enviado
das Nações Unidas à região.
A ONU reuniu seu órgão máximo para discutir o conflito israelo-palestino e a intenção manifestada por Israel de tirar Arafat do
poder. Hoje, a pedido de representantes de países árabes, o CS
deve votar uma resolução para
impedir a captura do presidente
da Autoridade Nacional Palestina
em seu QG e para assegurar a segurança de Arafat.
O representante dos EUA na
ONU, John Negroponte, havia
afirmado que uma resolução sobre o assunto é desnecessária.
A discussão sobre o papel de
Arafat acirrou os ânimos no CS.
"Ele foi eleito de forma democrática e incorpora legitimamente as
aspirações nacionais e a identidade do povo palestino. Arafat não é
irrelevante", disse Roed-Larsen.
O discurso dele foi endossado
pelo representante palestino na
ONU, Nasser Al Kidwa. "Retirar
Arafat seria um ultraje aos palestinos. A comunidade internacional
tem de impedir esse ato insano."
O papel de Arafat foi atacado
pelo representante de Israel, Dan
Gillerman. "Ele é um obstáculo
para o processo de paz", disse. Em
outro trecho, foi ainda mais ríspido: "O terrorismo global foi inventado por Arafat, que é do seleto grupo de terroristas por trás de
sequestros de avião, ataques suicidas e assassinato de crianças".
Gillerman acusou o líder palestino de corrupção. Nesse momento, Al Kidwa deixou a sala. Além
de apoiar Arafat, o representante
da ONU pediu que todos os membros da organização se engajem a
favor da paz no Oriente Médio.
Para ele, Israel deveria desmantelar os assentamentos israelenses
em territórios palestinos. Segundo Roed-Larsen, essa seria a melhor formar de apaziguar a tensão. Suas críticas recaíram ainda
sobre o outro lado. "Os palestinos
não souberam aproveitar o cessar-fogo [o último acordo entre
Israel e os grupos terroristas]."
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