São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 2005

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ONG haitiana contesta chacina em Cité Soleil

DA REPORTAGEM LOCAL

A ONG haitiana Rede Nacional para a Defesa dos Direitos Humanos (RNDDH), uma das mais respeitadas do país, afirma que as acusações apresentadas contra o Brasil são "falsas e fora da realidade", mas vê falhas "inaceitáveis" da Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti) durante a operação realizada na favela de Cité Soleil, em Porto Príncipe, em 6 de julho -o principal foco da denúncia.
A ONG diz que é infundada a informação de que 63 pessoas morreram na operação em Cité Soleil, a mais violenta favela do país. Segundo Pierre Espérance, diretor da RNDDH, de 8 a 11 pessoas morreram durante a operação. Entre elas, estava o principal líder de gangue local, Emmanuel Wilmer, o que provocou uma guerra interna nos dias seguintes.
"Entre 30 e 40 pessoas foram assassinadas como vingança pela morte de Wilmer Mas isso ocorreu ao longo da semana seguinte."
"É inaceitável que a polícia e a Minustah tenham deixado Cité Soleil após a intervenção. Isso foi um grande erro", diz Esperance.
Ontem, uma troca de tiros entre capacetes azuis e membros de gangues deixou dois mortos em Cité Soleil.
(Fabiano Maisonnave)


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