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ONG haitiana contesta chacina em Cité Soleil
DA REPORTAGEM LOCAL
A ONG haitiana Rede Nacional para a Defesa dos Direitos Humanos (RNDDH),
uma das mais respeitadas do
país, afirma que as acusações apresentadas contra o
Brasil são "falsas e fora da
realidade", mas vê falhas
"inaceitáveis" da Minustah
(Missão de Estabilização da
ONU no Haiti) durante a
operação realizada na favela
de Cité Soleil, em Porto Príncipe, em 6 de julho -o principal foco da denúncia.
A ONG diz que é infundada a informação de que 63
pessoas morreram na operação em Cité Soleil, a mais
violenta favela do país. Segundo Pierre Espérance, diretor da RNDDH, de 8 a 11
pessoas morreram durante a
operação. Entre elas, estava
o principal líder de gangue
local, Emmanuel Wilmer, o
que provocou uma guerra
interna nos dias seguintes.
"Entre 30 e 40 pessoas foram assassinadas como vingança pela morte de Wilmer
Mas isso ocorreu ao longo
da semana seguinte."
"É inaceitável que a polícia
e a Minustah tenham deixado Cité Soleil após a intervenção. Isso foi um grande
erro", diz Esperance.
Ontem, uma troca de tiros
entre capacetes azuis e
membros de gangues deixou
dois mortos em Cité Soleil.
(Fabiano Maisonnave)
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