São Paulo, sexta-feira, 16 de novembro de 2007

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Sarkozy pede diálogo, mas sindicatos mantêm greve

DA REDAÇÃO

A abertura do governo da França às negociações não impediu sindicatos franceses de aprovarem ontem a extensão da greve de transportes, além de estatais de gás e eletricidade, que paralisa o país há três dias. Funcionários de transportes e trabalhadores de diversas categorias protestam contra o plano do presidente Nicolas Sarkozy de acabar com o sistema de aposentadorias especiais.
A companhia de trens SNCF informou que menos da metade de seus empregados aderiu à greve na quinta-feira, uma queda em relação ao primeiro dia de paralisação, quando mais de 60% não trabalharam. Já a maior central dos ferroviários, a CGT, manteve-se firme e aprovou a continuidade da greve até a manhã de hoje.
As greves contra reformas liberalizantes representam o maior teste já enfrentado por Sarkozy desde que subiu ao poder, em maio último. A principal mudança proposta para o sistema especial de aposentadorias é de aumentar de 37,5 anos de contribuição para 40 anos -o que já é exigido dos demais assalariados.
O governo enviou uma carta aos grevistas pedindo o fim das greves e a abertura de um mês de negociações. Sarkozy indicou que estuda fazer concessões secundárias aos grevistas, mas disse que o ponto principal da reforma não será alterado.
Ontem, rodovias que levam até Paris já estavam congestionadas antes do amanhecer. Apenas 25% do sistema de metrô funcionou na capital, enquanto linhas regionais foram totalmente interrompidas.
A maioria dos funcionários do setor de energia voltaram ao trabalho após 24 horas de paralisação, iniciada na quarta-feira, mas sindicatos anunciaram que os protestos continuarão na empresa de gás LNG.
Em outro protesto, contra a reforma do sistema universitário, cerca de 30 universidades foram impedidas de funcionar ontem por manifestantes.
Na Alemanha, uma greve separada também afetou passageiros de trem, na maior paralisação da história. O sindicato dos ferroviários reivindica a equiparação salarial com seus colegas de outros países europeus e pede 31% de aumento.


Com Reuters e Associated Press


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