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Sarkozy pede diálogo, mas sindicatos mantêm greve
DA REDAÇÃO
A abertura do governo da
França às negociações não impediu sindicatos franceses de
aprovarem ontem a extensão
da greve de transportes, além
de estatais de gás e eletricidade,
que paralisa o país há três dias.
Funcionários de transportes e
trabalhadores de diversas categorias protestam contra o plano do presidente Nicolas Sarkozy de acabar com o sistema
de aposentadorias especiais.
A companhia de trens SNCF
informou que menos da metade de seus empregados aderiu à
greve na quinta-feira, uma queda em relação ao primeiro dia
de paralisação, quando mais de
60% não trabalharam. Já a
maior central dos ferroviários,
a CGT, manteve-se firme e
aprovou a continuidade da greve até a manhã de hoje.
As greves contra reformas liberalizantes representam o
maior teste já enfrentado por
Sarkozy desde que subiu ao poder, em maio último. A principal mudança proposta para o
sistema especial de aposentadorias é de aumentar de 37,5
anos de contribuição para 40
anos -o que já é exigido dos demais assalariados.
O governo enviou uma carta
aos grevistas pedindo o fim das
greves e a abertura de um mês
de negociações. Sarkozy indicou que estuda fazer concessões secundárias aos grevistas,
mas disse que o ponto principal
da reforma não será alterado.
Ontem, rodovias que levam
até Paris já estavam congestionadas antes do amanhecer.
Apenas 25% do sistema de metrô funcionou na capital, enquanto linhas regionais foram
totalmente interrompidas.
A maioria dos funcionários
do setor de energia voltaram ao
trabalho após 24 horas de paralisação, iniciada na quarta-feira, mas sindicatos anunciaram
que os protestos continuarão
na empresa de gás LNG.
Em outro protesto, contra a
reforma do sistema universitário, cerca de 30 universidades
foram impedidas de funcionar
ontem por manifestantes.
Na Alemanha, uma greve separada também afetou passageiros de trem, na maior paralisação da história. O sindicato
dos ferroviários reivindica a
equiparação salarial com seus
colegas de outros países europeus e pede 31% de aumento.
Com Reuters e Associated Press
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