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ORIENTE MÉDIO
Premiê reage ao ouvir gravação, mas hospital evita comentar; Israel instala zona militar fechada em Hebron
Sharon ouve voz do neto e abre os olhos, diz assessor
DA REDAÇÃO
O premiê israelense, Ariel Sharon, 77, abriu duas vezes os olhos
ontem depois que familiares tocaram uma fita com a voz do seu neto, aumentando as esperanças de
que esteja finalmente saindo do
coma após um grave derrame.
O hospital Hadassah, onde Sharon está internado desde o dia 4,
disse laconicamente, no entanto,
que alguns parentes viram "movimentos das pálpebras", cujo significado clínico ainda era incerto.
"Gilad [filho de Sharon] trouxe
uma fita com a voz de Rotem, seu
neto mais velho, falando a ele, e
ele abriu os olhos duas vezes, cada
uma delas por dois ou três minutos", disse um assessor do premiê.
"Os médicos acreditam que tenha sido por pouco tempo, porque ele ainda está sob o efeito da
anestesia [de anteontem]", disse o
assessor, em referência à traqueotomia, inserção de um tubo na
traquéia para ajudá-lo a respirar.
"Mas os médicos não viram,
portanto é difícil saber se é significativo ou se estamos apenas alimentando expectativas."
Os médicos não têm conseguido até agora despertar Sharon
mesmo após reduzir -até parar
totalmente no sábado- a administração de sedativos usados para induzir ao coma.
A volta de Sharon à atividade
política é tida como bastante improvável, mas alguns especialistas
afirmaram que o movimento dos
olhos poderia significar um sinal
positivo de que ele possa sair do
coma caso demonstre reação a estímulos, como a voz do neto.
Num outro sinal de que Israel
está se movimentando rapidamente para preencher o vazio político deixado por Sharon, seu recém-fundado partido, o Kadima,
considerado de centro, nomeou o
premiê interino, Ehud Olmert,
como o presidente em exercício
para liderar a agremiação nas eleições gerais de 28 de março.
Hebron
Centenas de assentados israelenses têm entrando em confronto com soldados desde a semana
passada na cidade de Hebron, na
Cisjordânia. Ontem, os manifestantes incendiaram seis lojas palestinas.
A polícia prendeu três assentados, e o Exército decretou os pequenos encraves judeus na cidade
como zona militar fechada para
remover os manifestantes.
Com agências internacionais
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