DA REDAÇÃO

O Iraque aceitou ontem uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que determina mudanças no sistema de sanções da organização, mas criticou as novas medidas, dizendo que demonstravam a "tendência americana de prejudicar o Iraque".
O ministro da Informação iraquiano, Mohammed Saeed al Sahaf, afirmou que "o Iraque aceitará relutantemente a resolução 1.409, que diz respeito à renovação do acordo petróleo-por-alimentos, por mais seis meses".
Mas, em outra declaração, o governo iraquiano descreveu a renovação das sanções -impostas em 1990- como um exemplo de manipulação do Conselho de Segurança pelos EUA.
"Mais uma vez, o Conselho de Segurança expõe sua fraqueza e incapacidade de enfrentar a tendência americana de prejudicar o Iraque", disse uma declaração emitida após uma reunião do Conselho do Comando Revolucionário e do Comando Regional do Partido Baath, no governo.
Bagdá ainda não concordou com a principal exigência da ONU: permitir a volta de inspetores de armas ao país.
Anteontem, o Conselho de Segurança aprovou a renovação das sanções, concluindo esforços britânicos e americanos no último ano para fornecer mais ajuda humanitária e, ao mesmo tempo, endurecer o embargo militar ao Iraque. Agora, a maioria dos produtos civis pode entrar no país, mas uma lista de 332 páginas determina itens com potencial para uso militar que só poderão entrar sob aprovação da ONU.