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Manifesto rechaça designação divina de líder supremo
DA ASSOCIATED PRESS
Mais de 250 intelectuais
iranianos se uniram aos protestos estudantis por democracia e pediram em uma
carta ao líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que ele
ouça a população em vez de
autodesignar-se representante de Deus na Terra.
A carta, publicada ontem
pelo jornal reformista "Yas-e-nou", é o primeiro sinal de
apoio de outros setores da
população iraniana aos protestos estudantis, que vêm
ocorrendo há uma semana.
"Aceitar indivíduos que se
colocam na posição de uma
divindade com poder absoluto... é politeísmo, em clara
opressão da dignidade humana", diz o texto. "O povo
e os legisladores que ele escolheu têm o direito de supervisionar seus governantes, criticá-los e removê-los
do poder, se não estiverem
satisfeitos." Khamenei substituiu o aiatolá Khomeini como líder supremo em 1989,
após a morte do mentor da
Revolução Islâmica de 1979.
Entre os signatários, está
Hashem Aghajari, professor
universitário condenado à
morte em 2002 sob a acusação de insultar o islã. A sentença foi revogada em fevereiro, mas ele segue preso.
A carta também elogia um
outro documento, escrito
por 127 legisladores para
Khamenei no mês passado,
que pede ao líder supremo
que aceite as reformas "antes
que todo o sistema, a independência e a integridade
territorial do país sejam prejudicados", em uma clara
alusão à invasão do vizinho
Iraque pela coalizão anglo-americana em março.
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