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São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2003

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UE admite força para enfrentar armas proibidas

DA REUTERS

A União Européia, numa mudança que denota uma aproximação com os EUA, admitiu ontem que o uso da força pode ser necessário para enfrentar ameaças de armas de destruição em massa.
O documento "Princípios básicos de uma estratégia européia contra a proliferação das armas de destruição em massa", aprovado pelos chanceleres da UE, inclui uma referência à possibilidade de ação militar, como último recurso, contra Estados ou grupos terroristas que obtenham armas nucleares, químicas ou biológicas.
Segundo a UE, tratados, inspeções e a diplomacia devem estar na linha de frente do combate à proliferação dessas armas proibidas. Mas, "quando essas medidas tiverem falhado, medidas coercitivas previstas no capítulo 7 da Carta da Organização das Nações Unidas podem ser aplicadas".
O Conselho de Segurança (CS) da ONU pode impor sanções econômicas a países que não cumpram suas decisões e, em casos extremos, pode autorizar uma intervenção militar. Segundo o documento da UE, o uso da força precisa ser aprovado pelo CS.
A UE propõe o fortalecimento do controle armamentista e o monitoramento da venda de produtos com fins militares.
Diplomatas dizem que o documento faz parte de uma tentativa da UE de restaurar as relações com os EUA após as divergências surgidas antes da guerra no Iraque, quando a UE rachou sobre a necessidade do conflito.
Os EUA e o Reino Unido utilizaram a suposta existência de armas de destruição em massa no Iraque como justificativa para invadir o país. Mais de dois meses se passaram e ainda não foram encontrados indícios que provem a existência delas em solo iraquiano.


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