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UE admite força
para enfrentar
armas proibidas
DA REUTERS
A União Européia, numa mudança que denota uma aproximação com os EUA, admitiu ontem
que o uso da força pode ser necessário para enfrentar ameaças de
armas de destruição em massa.
O documento "Princípios básicos de uma estratégia européia
contra a proliferação das armas
de destruição em massa", aprovado pelos chanceleres da UE, inclui
uma referência à possibilidade de
ação militar, como último recurso, contra Estados ou grupos terroristas que obtenham armas nucleares, químicas ou biológicas.
Segundo a UE, tratados, inspeções e a diplomacia devem estar
na linha de frente do combate à
proliferação dessas armas proibidas. Mas, "quando essas medidas
tiverem falhado, medidas coercitivas previstas no capítulo 7 da
Carta da Organização das Nações
Unidas podem ser aplicadas".
O Conselho de Segurança (CS)
da ONU pode impor sanções econômicas a países que não cumpram suas decisões e, em casos
extremos, pode autorizar uma intervenção militar. Segundo o documento da UE, o uso da força
precisa ser aprovado pelo CS.
A UE propõe o fortalecimento
do controle armamentista e o monitoramento da venda de produtos com fins militares.
Diplomatas dizem que o documento faz parte de uma tentativa
da UE de restaurar as relações
com os EUA após as divergências
surgidas antes da guerra no Iraque, quando a UE rachou sobre a
necessidade do conflito.
Os EUA e o Reino Unido utilizaram a suposta existência de armas
de destruição em massa no Iraque
como justificativa para invadir o
país. Mais de dois meses se passaram e ainda não foram encontrados indícios que provem a existência delas em solo iraquiano.
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