|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Palestinos recomeçam conversas por união nacional
DA REDAÇÃO
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, do grupo Fatah, e
o primeiro-ministro Ismail Haniyeh, integrante do Hamas, se
encontraram ontem para retomar as negociações por um governo de união nacional.
"Estamos chegando a soluções", disse Abbas. Haniyeh
afirmou que eles começarão "as
consultas para formar esse governo, para fortalecer a união
nacional, levantar o cerco à população e aliviar seu sofrimento". Desde que a ala política do
grupo terrorista Hamas chegou
ao poder, nas eleições de janeiro, foi cortada quase toda a ajuda internacional aos palestinos.
Segundo Haniyeh, as discussões terão como base o "documento dos prisioneiros". Elaborado por líderes palestinos
presos em Israel, o texto inclui
o reconhecimento implícito do
Estado de Israel -que o Hamas
sempre se recusou a aceitar.
Prevê ainda o fim de ataques
terroristas em Israel e a formação de um Estado palestino.
Hamas e Fatah estavam perto de um acordo em junho, mas
o seqüestro de um soldado israelense e o contra-ataque de
Israel interromperam as conversas. A ação, assumida por
três grupos, incluindo o braço
armado do Hamas, levou a uma
ofensiva militar israelense que
já deixou mais de 170 mortos na
faixa de Gaza. Quarenta ministros e deputados do Hamas foram presos. O porta-voz do governo, Ghazi Hamad, condicionou o acordo à libertação dos
políticos.
Numa demonstração das resistências que Abbas e Haniyeh
devem enfrentar, pouco depois
do encontro, homens armados
do Fatah entraram em confronto com a polícia, chefiada
pelo Hamas. Um jovem de 14
anos morreu no fogo cruzado.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Israel ameaça parar retirada se tropas libanesas e internacionais demorarem Próximo Texto: Ex-ditador do Paraguai, Stroessner morre aos 93 Índice
|