São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 2006

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Palestinos recomeçam conversas por união nacional

DA REDAÇÃO

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, do grupo Fatah, e o primeiro-ministro Ismail Haniyeh, integrante do Hamas, se encontraram ontem para retomar as negociações por um governo de união nacional.
"Estamos chegando a soluções", disse Abbas. Haniyeh afirmou que eles começarão "as consultas para formar esse governo, para fortalecer a união nacional, levantar o cerco à população e aliviar seu sofrimento". Desde que a ala política do grupo terrorista Hamas chegou ao poder, nas eleições de janeiro, foi cortada quase toda a ajuda internacional aos palestinos.
Segundo Haniyeh, as discussões terão como base o "documento dos prisioneiros". Elaborado por líderes palestinos presos em Israel, o texto inclui o reconhecimento implícito do Estado de Israel -que o Hamas sempre se recusou a aceitar. Prevê ainda o fim de ataques terroristas em Israel e a formação de um Estado palestino.
Hamas e Fatah estavam perto de um acordo em junho, mas o seqüestro de um soldado israelense e o contra-ataque de Israel interromperam as conversas. A ação, assumida por três grupos, incluindo o braço armado do Hamas, levou a uma ofensiva militar israelense que já deixou mais de 170 mortos na faixa de Gaza. Quarenta ministros e deputados do Hamas foram presos. O porta-voz do governo, Ghazi Hamad, condicionou o acordo à libertação dos políticos.
Numa demonstração das resistências que Abbas e Haniyeh devem enfrentar, pouco depois do encontro, homens armados do Fatah entraram em confronto com a polícia, chefiada pelo Hamas. Um jovem de 14 anos morreu no fogo cruzado.


Com agências internacionais

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