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Powell pede paz na Caxemira a Índia e Paquistão
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado dos
EUA, Colin Powell, pediu ao Paquistão e a Índia ontem que promovam a paz na Caxemira depois
de ter sua chegada ao sul da Ásia,
anteontem, marcada por um confronto entre os dois países e manifestações contra o apoio do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, aos ataques dos EUA.
Washington está tentando evitar um conflito na Caxemira que
possa desestabilizar o Paquistão,
um aliado-chave na ofensiva contra o Afeganistão.
Mas a Índia, que já mostrou sinais de irritação pelo apoio dos
EUA a seu adversário, prometeu
continuar a promover ações punitivas contra a infiltração de paquistaneses na Caxemira.
Um alto oficial do Exército indiano disse que o "fogo esporádico" na linha de controle que divide a Caxemira continuou ontem
após os dois lados ignorarem o
pedido de contenção feito anteontem pelo presidente dos
EUA, George W. Bush.
Powell, que chegou a Nova Déli
ontem à noite, discutirá a intensificação dos confrontos entre Índia
e Paquistão na Caxemira com
funcionários do governo indiano,
disse um funcionário do Departamento de Estado dos EUA. Ele
afirmou que Washington já havia
ouvido o lado paquistanês e, agora, ouviria o indiano.
Powell havia dito mais cedo, em
Islamabad, que a disputa pela Caxemira era uma questão central
do relacionamento entre a Índia e
o Paquistão, e que uma solução
teria de se basear no respeito mútuo e no "desejo de acomodar as
aspirações do povo da Caxemira".
Nirupama Rao, porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores da Índia, disse que "o terrorismo transfronteiriço", e não a Caxemira, era a questão central.
"Não deve haver confusão entre
causa e efeito. A presente situação
[na Caxemira" é uma consequência do terrorismo patrocinado pelo Estado, e não a causa", disse.
O confronto entre forças indianas e paquistanesas anteontem
foi o mais sério em quase um ano.
Segundo o Paquistão, duas pessoas morreram e 25 ficaram feridas quando tropas indianas atacaram Rawalkot. O Ministro da
Defesa indiano, George Fernandes, disse que o ataque era uma
resposta a intrusões e que 30 "intrusos" haviam sido mortos.
"É uma ação punitiva e vai continuar. A Índia será implacável ao
lidar com a infiltração", afirmou.
A violência no setor da Caxemira controlado pela Índia deixou
22 mortos e 44 feridos ontem.
Uma granada lançada por supostos separatistas em uma rua
movimentada de Srinagar (capital de inverno do Estado indiano
de Jammu e Caxemira) feriu 15
pessoas, e outra, que explodiu em
um mercado de Kulgam (sul de
Srinagar), matou uma pessoa e feriu 29. Os outros episódios foram
enfrentamentos entre separatistas
e soldados indianos.
Com agências internacionais
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