São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2001

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BIOTERRORISMO

Operadores de correspondência passaram a manusear material com luvas cirúrgicas

Correios aumentam o rastreamento de cartas e objetos

GABRIELA ATHIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos está intensificando os procedimentos de segurança em relação ao transporte de objetos. O aumento deve-se às ameaças de terrorismo (inclusive biológico) contra os EUA e outros países ocidentais.
A assessoria da empresa informou que os investimentos em segurança começaram antes dos ataques. Mas, diante das novas ameaças, os procedimentos estão sendo ampliados.
Um exemplo é a quantidade de objetos que são rastreados diariamente.
Todos os dias, os Correios transportam 35 milhões de objetos postados dentro do Brasil, e outros 300 mil que têm conexão com o exterior.
Como o volume é grande, os objetos são rastreados por amostragem. Segundo o diretor dos Correios em São Paulo, Vitor Joppert, após os atentados, o aumento no controle foi de 20%.
A Polícia Federal participa da segurança, mas a assessoria dos Correios admite falhas.
Os objetos rastreados passam por raio-X, detector de metais, de explosivos e por um aparelho - chamado de espectrômetro de massa- que permite saber a composição química do objeto.
No caso do antraz, por exemplo, o aparelho não indica a presença da bactéria, mas detecta a presença de um "pó estranho" na correspondência infectada.
Desde ontem, os operadores de correspondência internacional, em São Paulo, passaram a trabalhar com luvas cirúrgicas. Eles foram orientados a não cheirar ou chacoalhar cartas.
Um aviso na agência central dos Correios em São Paulo informava, até ontem, que correspondências para os EUA, México, Canadá, Ásia e América Central estavam com a entrega comprometida. Nos guichês, as informações eram de que os atrasos chegavam a sete dias. Os Correios dizem que já houve redução nesse prazo.


Colaborou o "Agora"


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