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BIOTERRORISMO
Operadores de correspondência passaram a manusear material com luvas cirúrgicas
Correios aumentam o rastreamento de cartas e objetos
GABRIELA ATHIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos está intensificando os procedimentos de segurança em relação ao transporte de objetos. O aumento deve-se às ameaças de terrorismo (inclusive biológico) contra os
EUA e outros países ocidentais.
A assessoria da empresa informou que os investimentos em
segurança começaram antes dos
ataques. Mas, diante das novas
ameaças, os procedimentos estão sendo ampliados.
Um exemplo é a quantidade
de objetos que são rastreados
diariamente.
Todos os dias, os Correios
transportam 35 milhões de objetos postados dentro do Brasil, e
outros 300 mil que têm conexão
com o exterior.
Como o volume é grande, os
objetos são rastreados por
amostragem. Segundo o diretor
dos Correios em São Paulo, Vitor Joppert, após os atentados, o
aumento no controle foi de 20%.
A Polícia Federal participa da
segurança, mas a assessoria dos
Correios admite falhas.
Os objetos rastreados passam
por raio-X, detector de metais,
de explosivos e por um aparelho
- chamado de espectrômetro
de massa- que permite saber a
composição química do objeto.
No caso do antraz, por exemplo, o aparelho não indica a presença da bactéria, mas detecta a
presença de um "pó estranho"
na correspondência infectada.
Desde ontem, os operadores
de correspondência internacional, em São Paulo, passaram a
trabalhar com luvas cirúrgicas.
Eles foram orientados a não
cheirar ou chacoalhar cartas.
Um aviso na agência central
dos Correios em São Paulo informava, até ontem, que correspondências para os EUA, México, Canadá, Ásia e América Central estavam com a entrega comprometida. Nos guichês, as informações eram de que os atrasos chegavam a sete dias. Os
Correios dizem que já houve redução nesse prazo.
Colaborou o "Agora"
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