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São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2003

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Sentimento religioso toma conta de Roma

DO ENVIADO ESPECIAL

Roma parece neste momento, mais do que nunca, ciente de seu papel na história da Igreja Católica e imbuída de um espírito religioso superior ao tradicional.
Em toda a cidade, vêem-se cartazes que dizem: "Os romanos saúdam seu bispo, o papa João Paulo 2º, nos 25 anos do pontificado". De fato, o papa é bispo de Roma. O correio lançou uma série de selos especiais em homenagem ao líder católico, e as bancas expõem obras sobre o pontificado e a igreja, além de exemplares antigos -de 1978- de jornais que anunciam: "Il papa è morto" (o papa morreu).
Na livraria Coletti, na Via della Conciliazione (que leva à basílica de São Pedro), cartões do papa diante da basílica de são Pedro (em montagem) e de Madre Teresa de Calcutá (que será beatificada no domingo) são os que mais vendem.
As vitrines mostram quase exclusivamente livros sobre o papa e o cristianismo como "L'altro Wojtyla" (O outro Wojtyla), "L'uomo del secolo" (O homem do século) e "Karol Wojtyla: l'uomo del fine millennio", entre dezenas de outros.
A preocupação com a segurança era visível, mas não afetou a todos. No ônibus 64, que faz o trajeto entre o Vaticano e a estação Termini, uma das principais da cidade, um passageiro localizou uma mochila aparentemente abandonada e começou a perguntar pelo dono.
Depois de alguns minutos, como ninguém respondia, três ou quatro pessoas disseram: "É uma bomba!" e desceram. Os outros passageiros prosseguiram a viagem até que o dono, que estava dormindo, apareceu.
Para entrar na praça de são Pedro, porém, a maior parte das pessoas que queriam assistir à missa celebrada pelo papa ontem tinha de passar por detectores de metal e eventualmente por uma revista mais prolongada. Diante da basílica, entre as carruagens utilizadas para mostrar aos turistas os arredores do templo cristão, uma levava uma bandeira brasileira. "É uma homenagem e também ajuda a atrair os turistas", disse o condutor Francesco Nito.(PDF)

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