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Sentimento religioso toma conta de Roma
DO ENVIADO ESPECIAL
Roma parece neste momento, mais do que nunca,
ciente de seu papel na história da Igreja Católica e imbuída de um espírito religioso superior ao tradicional.
Em toda a cidade, vêem-se
cartazes que dizem: "Os romanos saúdam seu bispo, o
papa João Paulo 2º, nos 25
anos do pontificado". De fato, o papa é bispo de Roma.
O correio lançou uma série
de selos especiais em homenagem ao líder católico, e as
bancas expõem obras sobre
o pontificado e a igreja, além
de exemplares antigos -de
1978- de jornais que anunciam: "Il papa è morto" (o
papa morreu).
Na livraria Coletti, na Via
della Conciliazione (que leva
à basílica de São Pedro), cartões do papa diante da basílica de são Pedro (em montagem) e de Madre Teresa de
Calcutá (que será beatificada
no domingo) são os que
mais vendem.
As vitrines mostram quase
exclusivamente livros sobre
o papa e o cristianismo como "L'altro Wojtyla" (O outro Wojtyla), "L'uomo del
secolo" (O homem do século) e "Karol Wojtyla: l'uomo
del fine millennio", entre dezenas de outros.
A preocupação com a segurança era visível, mas não
afetou a todos. No ônibus 64,
que faz o trajeto entre o Vaticano e a estação Termini,
uma das principais da cidade, um passageiro localizou
uma mochila aparentemente abandonada e começou a
perguntar pelo dono.
Depois de alguns minutos,
como ninguém respondia,
três ou quatro pessoas disseram: "É uma bomba!" e desceram. Os outros passageiros prosseguiram a viagem
até que o dono, que estava
dormindo, apareceu.
Para entrar na praça de são
Pedro, porém, a maior parte
das pessoas que queriam assistir à missa celebrada pelo
papa ontem tinha de passar
por detectores de metal e
eventualmente por uma revista mais prolongada.
Diante da basílica, entre as
carruagens utilizadas para
mostrar aos turistas os arredores do templo cristão,
uma levava uma bandeira
brasileira. "É uma homenagem e também ajuda a atrair
os turistas", disse o condutor
Francesco Nito.(PDF)
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