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Cardeais brasileiros elogiam papa
DO ENVIADO ESPECIAL
Os cardeais e os bispos brasileiros que estão participando das celebrações do 25º aniversário deste
pontificado elogiaram João Paulo
2º e ressaltaram sua atuação em
prol da paz. O papa esteve quatro
vezes no Brasil em seu pontificado, o quarto mais longo da história da igreja até aqui.
"Que Deus o conserve, que
Deus o recompense! Foi um pontificado muito rico. Ressaltaria
um aspecto entre muitos tão importantes. Ele é aquele que procurou promover a paz, é um homem
que passou todo o tempo chamando a atenção do mundo para
a paz. Só isso interessa", disse o
cardeal Geraldo Majella Agnelo,
arcebispo de Salvador e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
"Ele esteve sempre em toda a
parte, nos momentos mais difíceis." Sobre como os brasileiros
vêem o papa, d. Geraldo afirmou:
"Ele é o João de Deus, como nosso
povo o chamou com tanto carinho. A igreja do Brasil quer muito
ao Santo Padre".
Na opinião do cardeal Cláudio
Hummes, arcebispo de São Paulo,
"ele é um dos maiores papas que a
igreja já teve nesses 2.000 anos.
Não apenas para a igreja, mas
também para o mundo. É o papa
da paz, dos direitos humanos, da
dignidade humana. É um homem
que acredita muito no homem e
proclamou Jesus Cristo de uma
forma muito viva, concreta. É o
papa da solidariedade para com
os trabalhadores, com os pobres.
É o papa dos jovens".
"Tem um carisma extraordinário, uma sabedoria pastoral e uma
maturidade espiritual muito
grandes. É um privilégio para a
igreja e para o mundo todo tê-lo
como papa neste momento."
De acordo com o cardeal Serafim Fernandes de Araújo, arcebispo de Belo Horizonte, "o papa nos
deu uma igreja viva, dos pobres,
uma igreja em busca da santidade
e em busca da paz. Há dois papas
na história da igreja que se chamam Magno, Leão e Gregório.
Acredito que esse papa vai merecer da história ser chamado João
Paulo 2º, o Magno".
O cardeal Eugênio de Araújo Sales disse que os 25 anos do pontificado significam "a vitória de Cristo, a vitória do Evangelho, algo extraordinário. O papa, falando
com dificuldade, cumpre uma
grande missão. Fortalecer o Evangelho e continuar o caminho de
salvação. Agradeçamos a Deus a
presença de João Paulo 2º, mesmo
em uma cadeira de rodas". Para
ele, "é um privilégio ser amigo do
papa, um grande homem para o
mundo todo".
Dos cardeais brasileiros, apenas
d. Paulo Evaristo Arns e d. Aloísio
Lorscheider não vieram a Roma
por recomendação médica.
Na opinião de d. Raymundo
Damasceno Assis, bispo-auxiliar
de Brasília e ex-secretário-geral
da CNBB, "este é um papa que fez
muitas viagens internacionais,
mais de cem. Ninguém mais do
que ele teve contato com as igrejas. A outra característica é que ele
é o papa que mais presidiu sínodos e mais canonizou e beatificou.
É o primeiro papa eslavo e o primeiro não-italiano em mais de
450 anos".
E prosseguiu: "Foi um dos grandes protagonistas da promoção
da grande Europa. E promoveu a
unidade da América também. Ele
usou a expressão sínodo da América, não das Américas".
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