São Paulo, sexta-feira, 17 de novembro de 2006

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Israel rejeita plano de paz proposto por europeus

DA REDAÇÃO

O governo de Israel rejeitou ontem uma proposta de acordo para pôr fim ao conflito com os palestinos, feita por Espanha, França e Itália no mesmo dia. O plano, apresentado pelo premiê espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, não faz referência explícita ao reconhecimento do Estado de Israel pelo grupo islâmico Hamas.
O reconhecimento tem sido uma das exigências dos Estados Unidos e da União Européia para a volta da ajuda direta aos palestinos, cortada com a chegada do Hamas ao poder, em março. O grupo foi responsável por atentados terroristas contra civis israelenses.
O plano foi anunciado por Zapatero em encontro com o presidente francês, Jacques Chirac. O governo israelense se disse "chocado", pois não teria sido consultado.
A proposta é bem próxima da que vem sendo discutida entre o grupo secular palestino Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, e o Hamas. Zapatero disse que pretende apresentá-la em encontro da União Européia em dezembro.
"Não podemos ficar impassíveis diante do horror que continua a ocorrer", disse.
O plano tem cinco pontos: cessar-fogo imediato, formação de um governo de união nacional palestino que tenha reconhecimento internacional, troca de prisioneiros -incluindo os soldados israelenses cujos seqüestros levaram à guerra no Líbano e à atual ofensiva israelense na faixa de Gaza-, conversas entre o premiê de Israel e o presidente palestino, e uma missão internacional em Gaza para monitorar o cessar-fogo. Só o último ponto não consta da proposta de Abbas.
O negociador palestino Saeb Erekat considerou a iniciativa bem-vinda. EUA e UE não haviam comentado até o fechamento desta edição.
Ontem, o premiê israelense, Ehud Olmert, disse que não planeja um ataque em massa para interromper o lançamento de mísseis palestino em seu território. Segundo ele, os ataques serão pontuais.


Com agências internacionais


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