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Israel rejeita plano de paz proposto por europeus
DA REDAÇÃO
O governo de Israel rejeitou
ontem uma proposta de acordo
para pôr fim ao conflito com os
palestinos, feita por Espanha,
França e Itália no mesmo dia. O
plano, apresentado pelo premiê espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, não faz referência explícita ao reconhecimento do Estado de Israel pelo grupo islâmico Hamas.
O reconhecimento tem sido
uma das exigências dos Estados
Unidos e da União Européia
para a volta da ajuda direta aos
palestinos, cortada com a chegada do Hamas ao poder, em
março. O grupo foi responsável
por atentados terroristas contra civis israelenses.
O plano foi anunciado por
Zapatero em encontro com o
presidente francês, Jacques
Chirac. O governo israelense se
disse "chocado", pois não teria
sido consultado.
A proposta é bem próxima da
que vem sendo discutida entre
o grupo secular palestino Fatah, do presidente Mahmoud
Abbas, e o Hamas. Zapatero
disse que pretende apresentá-la em encontro da União Européia em dezembro.
"Não podemos ficar impassíveis diante do horror que continua a ocorrer", disse.
O plano tem cinco pontos:
cessar-fogo imediato, formação
de um governo de união nacional palestino que tenha reconhecimento internacional, troca de prisioneiros -incluindo
os soldados israelenses cujos
seqüestros levaram à guerra no
Líbano e à atual ofensiva israelense na faixa de Gaza-, conversas entre o premiê de Israel
e o presidente palestino, e uma
missão internacional em Gaza
para monitorar o cessar-fogo.
Só o último ponto não consta
da proposta de Abbas.
O negociador palestino Saeb
Erekat considerou a iniciativa
bem-vinda. EUA e UE não haviam comentado até o fechamento desta edição.
Ontem, o premiê israelense,
Ehud Olmert, disse que não
planeja um ataque em massa
para interromper o lançamento de mísseis palestino em seu
território. Segundo ele, os ataques serão pontuais.
Com agências internacionais
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