São Paulo, sexta-feira, 17 de novembro de 2006

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Bush teme que coreanos repassem arma nuclear

DA REDAÇÃO

Ao iniciar ontem um giro de cinco dias pela Ásia, o presidente americano, George W. Bush, declarou em Cingapura que há o risco de a Coréia do Norte transferir para terceiros sua tecnologia nuclear.
Também apelou para que os países asiáticos sejam enérgicos na aplicação das sanções decididas pela ONU ao punir os norte-coreanos pelo teste atômico do início de outubro.
Os desdobramentos da bomba de Pyongyang estarão em pauta a partir de hoje, em Hanói, na abertura da conferência anual da Apec, entidade de cooperação da bacia do Pacífico. A ameaça de proliferação nuclear na região tende a superar as prioridades econômicas do encontro, dizem analistas.
Na capital vietnamita transpirou durante o encontro preparatório entre os ministros das Relações Exteriores que Washington e Pequim concordaram em pressionar outras delegações para que participem do esforço de levar os norte-coreanos a "dar passos substanciais" para o desmonte de seu programa nuclear.
A Coréia do Norte já aceitou, em princípio, retomar sua participação no Grupo dos Seis (as duas Coréias e mais o Japão, EUA, China e Rússia). Condoleezza Rice, secretária de Estado americana, exortou em Hanói os norte-coreanos a usarem a mesma predisposição de boa-fé que seus interlocutores.
Assessores de Rice disseram que os EUA e a China esperam que a Coréia do Norte desmobilize um reator de 5 megawatts, suas instalações de enriquecimento de urânio e aceite a visita de inspetores internacionais.
Em Cingapura, sem entrar em especificidades, Bush alertou para as "graves conseqüências", caso Pyongyang envie combustível ou tecnologia nuclear para países e grupos terroristas do Oriente Médio.
O presidente americano não mencionou o Irã, embora, assinale o "New York Times", ele se referisse indiretamente àquele país, com o qual a Coréia do Norte também negocia a tecnologia de mísseis.
Bush se pronunciou como se mantivesse seus antigos poderes sobre a política externa, sem um Congresso de oposição que diminuirá sua autonomia. "Os Estados Unidos manterão seu engajamento na Ásia", afirmou o presidente americano.


Com agências internacionais


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