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AMÉRICA LATINA
González Macchi tinha US$ 362 mil em banco
Promotoria suíça bloqueia contas e bens de ex-presidente paraguaio
DA REDAÇÃO
O Ministério Público da Suíça
informou ontem às autoridades
paraguaias que confiscou bens
patrimoniais e diversos documentos e que bloqueou uma conta secreta com US$ 362 mil pertencentes ao ex-presidente Luis
González Macchi (1999-2003). A
informação foi dada pela Promotoria suíça à Embaixada do Paraguai naquele país.
A conta bloqueada havia sido
aberta no dia 1º de junho de 1999,
dois meses depois da posse de
González Macchi como presidente, após a renúncia do então presidente Raúl Cubas Grau. Ele assumiu porque era na época presidente do Senado.
González Macchi entregou o
cargo no último dia 15 de agosto,
depois de uma desastrosa administração, que deixou o país à beira da bancarrota.
O atual presidente, Nicanor
Duarte, assumiu prometendo
combater a corrupção no país.
Tanto ele quanto o seu antecessor
são do Partido Colorado, que está
no poder ininterruptamente desde 1947.
Um dia antes de entregar o poder, um juiz proibiu a saída de
González Macchi do país em razão de dois processos por corrupção. Em uma das ações, é acusado
de encobrir o desvio de US$ 16
milhões para uma conta bancária
em Nova York.
Em 2001, descobriu-se González
Macchi usava um BMW que havia sido roubado no Brasil. No início deste ano, descobriu-se que
sua mulher também usava um
Mercedes roubado no Brasil.
Na Suíça, o ex-presidente é investigado por suspeita de lavagem
de dinheiro. A Promotoria do país
europeu pediu ajuda ao Paraguai
para identificar a origem do dinheiro bloqueado.
Se Gonzáles Macchi for considerado culpado, a Suíça pode pedir sua extradição. A pena prevista para lavagem de dinheiro varia
de 7 a 15 anos de prisão.
O depósito inicial no BBVA foi
de US$ 82.212. A quantia foi aumentando após depósitos realizados por outros três paraguaios,
todos já identificados. Não foram
divulgadas informações sobre os
bens e documentos confiscados.
Até o final desta edição, Gonzáles Macchi não havia comentado
a decisão do Ministério Público
suíço. Em declarações anteriores,
tem dito que nada tem a esconder.
Com agências internacionais
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