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Saddam elogia protestos; Londres diz que guerra é "difícil" sem apoio
DA REDAÇÃO
O ditador iraquiano, Saddam
Hussein, elogiou ontem os milhões de manifestantes que, no sábado, protestaram contra uma
possível guerra contra o Iraque. Já
o chanceler britânico, Jack Straw,
disse que uma guerra contra o
Iraque seria "muito difícil" para o
Reino Unido se grande parte da
população fosse contra uma ofensiva militar.
"As tomadas de posições humanistas, expressas durante as manifestações que ocorreram recentemente, devem ser elogiadas", disse Saddam em Bagdá.
"Queremos ver todo o mundo
trabalhar pelo estabelecimento de
uma paz baseada na justiça, na
igualdade e na bondade entre os
povos", afirmou o ditador, segundo a agência oficial Ina.
Em Londres, questionado se o
Reino Unido poderia ir à guerra
contra o Iraque se uma grande
parte da população se opusesse a
uma ação militar, Straw afirmou
que seria "realmente muito difícil
nessas circunstâncias".
O premiê Tony Blair apóia a
abordagem dura dos EUA no que
diz respeito ao Iraque.
Mas centenas de milhares de
pessoas marcharam em Londres
no sábado para protestar contra
uma ação militar contra Bagdá.
Segundo os organizadores, 2 milhões de pessoas participaram da
manifestação. De acordo com a
polícia, foram 750 mil.
Straw disse, em entrevista à
BBC, que a marcha foi "provavelmente a maior que já vimos em
nossa história recente democrática em Londres. Temos de levar
em conta a opinião pública".
Mas o vice-premiê John Prescott afirmou não estar preocupado com a falta de apoio a uma
guerra. "Não acho que seja uma
preocupação", disse, acrescentando que governos às vezes têm de
tomar decisões impopulares.
Lindsey German, porta-voz da
Stop the War Coalition, que organizou o protesto de sábado, disse
que pode haver "uma erupção de
fúria e raiva" em Londres se uma
guerra for declarada ao Iraque.
Ela afirmou que a coalizão está
pedindo a sindicatos que iniciem
uma greve se houver guerra.
Com agências internacionais
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