DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, reuniu-se ontem com o chanceler russo, Igor Ivanov.
Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, o ministro brasileiro reiterou o apoio aos objetivos da recente declaração conjunta da Alemanha, da França e da Rússia -países que se opõem a uma guerra contra o Iraque e defendem mais tempo para que as inspeções da ONU no Iraque avancem.
A França e a Rússia são membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da ONU e têm direito a veto. A Alemanha é membro temporário do CS.
O chanceler brasileiro disse a Ivanov que o Brasil atuará na ONU, dentro dos seus limites, para evitar uma ação militar no Iraque e buscar uma solução pacífica para o problema.
A posição brasileira vai contra os interesses dos EUA, que querem angariar apoio para uma ação contra o Iraque. Embora o Brasil não faça parte do CS, o Itamaraty tem engrossado o coro de países que tentam isolar Washington na sua campanha contra o ditador Saddam Hussein.
Na reunião de ontem, Ivanov elogiou a atuação brasileira na crise venezuelana e a criação do Grupo de Amigos da Venezuela, liderado pelo Brasil.
Hoje, Amorim deve se encontrar com o chanceler alemão, Joschka Fischer, antes de voltar para o Brasil. Mais uma vez, o Brasil demonstrará que está alinhado com os países que lideram a oposição aos EUA na ONU.


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