DO ENVIADO ESPECIAL AO PAQUISTÃO

Para o candidato a deputado Sardar Sheukat Hayat, de Rawalpindi, há a possibilidade de o seu PPP participar de uma coalização com outros partidos, inclusive governistas, para evitar que o país entre em parafuso. O PPP é o partido da ex-premiê Benazir Bhutto, morta em dezembro. "Ela foi uma grande mulher, vamos honrar seu passado, olhando para o futuro", disse Hayat, que repete o mantra dos partidos de oposição de que a eleição só será justa se o governo for derrotado. (IG)

 

FOLHA - Por que os paquistaneses devem votar no seu partido?
SARDAR HAYAT - É a única forma de lutar contra a ditadura de Musharraf. As pessoas sabem que somos o único partido de oposição que realmente luta pelo Estado de direito.

FOLHA - Há especulação sobre um acordo pró-governabilidade entre o PPP, a PML-N e Musharraf. O sr. apoiaria isso?
HAYAT - Antes da eleição não acontece nada. Depois, só Deus sabe, caso a eleição seja transparente e limpa. O futuro do Paquistão vai depender do que acontecer nesta segunda.

FOLHA - Ou seja, caso a oposição ganhe, na sua visão.
HAYAT - Sim, mas temos de pensar no país.

FOLHA - Como o sr. interpreta as declarações de Musharraf de que a oposição tem de aceitar uma eventual derrota?
HAYAT - Ameaças. Ele é um perigo para a democracia. Nenhum líder político sério pode falar isso.


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