São Paulo, segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

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o religioso

"A América vai nos amar"

DO ENVIADO ESPECIAL AO PAQUISTÃO

A saída de George W. Bush da Casa Branca e a vitória de partidos religiosos na eleição trarão uma nova situação para toda a região. Essa é a visão de Chafur Haidri, número 2 do mais popular partido islâmico do Paquistão, a Jamiat Ulema-i-Islami (Assembléia do Clero Islâmico). Sua legenda integra o fracionado Muttahida Majlis-e-Amal, Conselho Unido para Ação. O partido tem poucas chances nacionalmente, contudo. Historicamente, não passam de 5% dos votos. Mas controlam áreas sensíveis, coalhadas de extremistas, e por isso são jogadores importantes na política local. Haidri é candidato em Kalat, na turbulenta Província do Baluquistão. (IG)

 

FOLHA - Por que votar num partido religioso?
CHAFUR HAIDRI -
O Paquistão é um país religioso, fundado em base na lei islâmica. Logo, apelamos a todos os eleitores que acreditam em Deus e no respeito às leis, na democracia muçulmana.

FOLHA - O que o sr. acha da visão de que vocês representam extremistas?
HAIDRI -
É preconceito, porque nós somos de paz. Se ganharmos, e com a mudança na América [ou seja, a saída de George W. Bush], teremos um melhor relacionamento. A América vai nos amar.

FOLHA - E os extremistas?
HAIDRI -
São pessoas perseguidas pelo governo, pelo seu próprio Exército, só isso.


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