DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu ontem aos sauditas a extradição dos sequestradores que desviaram para a cidade santa de Medina, na Arábia Saudita, um avião russo que fazia o percurso Istambul-Moscou. Os sequestradores, armados com facas, disseram ser tchetchenos.
"Espero que a entrega dos criminosos à Justiça russa seja resolvida o mais rápido possível", declarou Putin, em mensagem ao rei Fahd, da Arábia Saudita.
Um diplomata russo em Riad, capital da Arábia Saudita, disse que a extradição dos sequestradores está sendo negociada. "Nós estamos em constante contato com oficiais sauditas, mas há muitos assuntos envolvidos, e eu não espero anunciar nenhum resultado em breve", disse à "Reuters".
Os 121 reféns libertados na sexta já chegaram a Moscou ontem, num avião especial enviado à Arábia Saudita. A TV russa mostrou os passageiros saindo da aeronave com aparência cansada. O avião também levou o corpo de Yulia Fomina, a aeromoça que morreu esfaqueada pelos sequestradores durante a operação.
O sequestro do avião Tupolev 154 durou 22 horas e terminou com três mortes -uma aeromoça, um passageiro e um sequestrador. O avião sequestrado levava 162 passageiros e 12 tripulantes. Mais de 50 ocupantes haviam sido liberados antes da invasão.
Segundo a polícia saudita, os sequestradores pediam o fim da ofensiva russa contra os rebeldes separatistas na República da Tchetchênia.



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