São Paulo, domingo, 18 de março de 2001

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OUTRO LADO

China nega uso de hospitais como punição

ESPECIAL PARA A FOLHA,

EM LONDRES

O governo da China nega estar utilizando sua rede de hospitais psiquiátricos como forma de punição aos dissidentes do regime comunista.
"Essas alegações são totalmente sem fundamentos e completamente inaceitáveis", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhu Bangzao, à agência de notícias britânica "Reuters".
"Não há evidências para sustentar essas alegações infundadas e inaceitáveis", acrescentou Zhu.
O governo chinês, que é um alvo tradicional de relatórios de organizações internacionais defensoras dos direitos humanos e é controlado pelo Partido Comunista, costuma contra-atacar as críticas disparando denúncias sobre violações do mesmo gênero cometidas no Ocidente.

Relatório
Pequim publicou este ano um relatório disparando críticas contra os Estados Unidos nos mesmos moldes dos documentos que o Departamento de Estado norte-americano costuma preparar todos os anos sobre a situação na China.
"As pessoas bem informadas sabem que a chamada democracia tem sido um mito nos Estados Unidos desde a sua fundação, há mais de 200 anos", disse o texto oficial chinês, veiculado pela agência de notícias estatal "Xinhua".
O relatório do governo chinês prossegue denunciando o histórico de discriminação contra as mulheres e os negros norte-americanos, a corrupção política, as altas taxas de assassinato nas grandes cidades norte-americanas e os casos de violência policial.
E conclui com um chamado a Washington para "tomar medidas efetivas para melhorar as suas práticas em relação aos direitos humanos, parar de condenar práticas de outros países e, assim, dizer que está promovendo o respeito a esses direitos". (MS)


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