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China recusa desculpas da CNN e ataca emissora
DA REDAÇÃO
A China exigiu ontem uma
"desculpa sincera" da rede
americana CNN, esnobando a
explicação do âncora Jack Cafferty sobre o comentário que
provocou revolta no país. Ao falar dos protestos no percurso
da tocha olímpica, Cafferty disse que os chineses "continuavam a ser os mesmos capangas
dos últimos cinqüenta anos".
Diante dos protestos, desculpou-se: disse que se referia ao
governo, não ao povo, e a CNN
pediu desculpas "ao povo chinês". Não bastou. A declaração
da CNN tenta criar uma divisão
entre governo e população, criticou Jiang Yu, porta-voz da
Chancelaria. Em relação à principal razão das críticas internacionais, a questão tibetana, a
posição oficial converge com o
que pensa a maioria dos chineses: a separação é inaceitável.
Repressão
Numa demonstração de que
as "medidas severas" contra
dissidentes não serão amaciadas pela pressão ocidental, a
China invadiu ontem um monastério na Província da Qinghai, vizinha ao Tibete. Dezenas de monges foram detidos.
A repórter da TV oficial em
Qinghai Jamyang Kyi -famosa
cantora tibetana e ativista feminista- foi levada por policiais à paisana em 1º de abril,
informam amigos e parentes,
sem notícias desde o dia 7. Lamao Jia, marido da jornalista,
diz temer por sua segurança.
Não há confirmação oficial da
prisão nem de acusações a ela.
A repressão aos exilados
também é intensa. A polícia do
Nepal prendeu ontem 505 tibetanos, na maior detenção em
massa desde o início dos protestos contra a repressão chinesa, em março. Três manifestações em frente à Embaixada
da China na capital, Katmandu,
foram frustradas pelas forças
de segurança.
Com agências internacionais
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