São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008

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China recusa desculpas da CNN e ataca emissora

DA REDAÇÃO

A China exigiu ontem uma "desculpa sincera" da rede americana CNN, esnobando a explicação do âncora Jack Cafferty sobre o comentário que provocou revolta no país. Ao falar dos protestos no percurso da tocha olímpica, Cafferty disse que os chineses "continuavam a ser os mesmos capangas dos últimos cinqüenta anos".
Diante dos protestos, desculpou-se: disse que se referia ao governo, não ao povo, e a CNN pediu desculpas "ao povo chinês". Não bastou. A declaração da CNN tenta criar uma divisão entre governo e população, criticou Jiang Yu, porta-voz da Chancelaria. Em relação à principal razão das críticas internacionais, a questão tibetana, a posição oficial converge com o que pensa a maioria dos chineses: a separação é inaceitável.

Repressão
Numa demonstração de que as "medidas severas" contra dissidentes não serão amaciadas pela pressão ocidental, a China invadiu ontem um monastério na Província da Qinghai, vizinha ao Tibete. Dezenas de monges foram detidos.
A repórter da TV oficial em Qinghai Jamyang Kyi -famosa cantora tibetana e ativista feminista- foi levada por policiais à paisana em 1º de abril, informam amigos e parentes, sem notícias desde o dia 7. Lamao Jia, marido da jornalista, diz temer por sua segurança. Não há confirmação oficial da prisão nem de acusações a ela.
A repressão aos exilados também é intensa. A polícia do Nepal prendeu ontem 505 tibetanos, na maior detenção em massa desde o início dos protestos contra a repressão chinesa, em março. Três manifestações em frente à Embaixada da China na capital, Katmandu, foram frustradas pelas forças de segurança.


Com agências internacionais


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