São Paulo, Terça-feira, 18 de Maio de 1999
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Parte dos palestinos vê vitória com ceticismo

das agências internacionais

Os palestinos desejavam a saída de Binyamin Netanyahu do governo israelense, mas nem todos comemoram a vitória de Ehud Barak. Parte deles a vê com ceticismo, devido à carreira militar de Barak.
"Gostaria de lembrar que Barak tem mais sangue palestino nas mãos que qualquer outra pessoa em Israel", afirmou Jamil Murar, executivo da cidade de Ramallah, na Cisjordânia.
Os êxitos militares de Barak, ex-chefe do Estado-Maior, inclusive durante um período tenso da Intifada (revolta popular entre 1987-1993), são glorificados em Israel.
Em 72, ele tomou um avião que havia sido sequestrado por palestinos. Em 73, no comando de uma unidade de elite, chegou a disfarçar-se de mulher para matar três membros da OLP (Organização para a Libertação da Palestina).
Ahmed Korei, porta-voz do Conselho Legislativo Palestino, disse ter esperança de que o processo de paz, estagnado desde dezembro, seja revigorado. "O resultado mostra que os israelenses querem dar seguimento ao processo de paz."
O Partido Trabalhista (de Barak) firmou os acordos de paz de Oslo, em 93. Apesar disso, os palestinos criticam a liderança de trabalhistas em guerras contra os árabes.


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