São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 2000


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CRONOLOGIA

Histórico do acordo para indenizações

Trabalhos forçados - 1939-1945
Cerca de 10 milhões de pessoas dos países ocupados pela Alemanha nazista, da Noruega ao Norte da África, foram levados à Alemanha e forçados a trabalhar na indústria do país durante a Segunda Guerra Mundial. Uma quantidade menor de vítimas, na maioria judeus, foi levada a campos de concentração, onde foi posta para trabalhar como escravos até a morte.

Compensações - 1953-1999
A Alemanha Ocidental, e depois de 1990 a Alemanha unificada, pagou o equivalente a US$ 60 bilhões às vítimas do nazismo neste período, de acordo com uma lei de compensações de 1953. Acordos bilaterais assinados com mais de uma dezena de países definiram pensões e anuidades para as vítimas na Europa Ocidental.

Bancos suíços - 1998
Os maiores bancos suíços, ameaçados por ações e boicotes por diversos Estados americanos, aceitam pagar US$ 1,25 bilhão para compensar investimentos confiscados aos sobreviventes do Holocausto. O acordo leva diversas grandes empresas alemãs a dizer que instituiriam um fundo de restituições às vítimas do nazismo.

Fundo de indenização - fevereiro de 1999
Um grupo de 12 grandes companhias alemãs, incluindo a Volkswagen, formam o "Fundo de Memória, Responsabilidade e Futuro", para arrecadar contribuições das empresas do país para indenizar os trabalhadores forçados.

Impasse - agosto de 1999
O primeiro limite para um acordo foi ultrapassado. A Alemanha oferece cerca de US$ 1,5 bilhão e os advogados representando as vítimas pedem US$ 20 bilhões. A Alemanha esperava assinar o acordo antes de 1º de setembro, 60º aniversário da invasão da Polônia, que marcou o início da Segunda Guerra Mundial.

EUA - junho de 2000
O governo dos EUA aceita recomendar à Justiça do país que não aceite mais ações indenizatórias de vítimas de trabalho forçado e escravo do nazismo.

Lei - julho de 2000
O Parlamento alemão aprova lei criando fundo para pagar compensações. Empresas já contribuíram com US$ 1,5 bilhão. Acordo final é assinado por governos e advogados de vítimas.


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