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FUNDAMENTALISMO ATUAL
Conheça a origem do movimento
da Redação
O fundamentalismo islâmico
como alternativa de poder é
uma criação do século 20. Fé e
política foram quase indissociáveis durante o florescimento da
civilização islâmica, mas a derrocada do Império Otomano,
após a Primeira Guerra Mundial, mudou as coisas.
Com o Tratado de Sèvres
(1920), as potências vencedoras
da guerra fatiaram os domínios
otomanos, criando diversos territórios títeres. A Turquia, sede
do antigo império, acabou adotando a república laica e militarizada de Kemal Atatürk (1923).
Movimentos de estudantes religiosos, por sua vez, se organizaram. No Egito, em 1928, foi
fundada a Ikhwan, ou Irmandade Muçulmana. Logo, havia um
escritório da Ikhwan em cada
capital da região.
Nos anos 40 e 50, as reivindicações políticas ganharam ares
militantes. Cismas criaram filiais mais extremistas.
O crescimento do nacionalismo árabe, com moldes militarizados e laicos como o turco, ganhou força e arrefeceu o clamor
dos extremistas.
Mas o progressivo fracasso do
pan-arabismo socialista de Nasser, no Egito, e a dificuldade de
suprimento das demandas sociais das camadas pobres da região deram campo para o ressurgimento dos islâmicos.
Em 1979, o Irã viu a Revolução
Islâmica derrubar o xá Reza Pahlevi. Milhões foram às ruas e
deram o poder a um grupo de
clérigos xiitas liderados pelo
aiatolá Ruhollah Khomeini.
Nos anos 80, a Jihad Islâmica
matou o presidente egípcio,
Anuar Sadat, mas acabou esmagada. No Líbano, o Hizbollah
(financiado pelo Irã), começou
seu combate guerrilheiro à ocupação israelense no sul do país.
E os anos 90 viram um boom
de crescimento dos islâmicos.
Na Argélia, ganharam o poder
no voto mas foram banidos. Na
Turquia, tiveram passagem efêmera pelo poder. Agora, no fim
da década, parece haver um declínio em sua atividade.
(IG)
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