São Paulo, terça, 18 de agosto de 1998

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Segurança temia a ação de hackers

da Redação

A transmissão do depoimento de Clinton, ontem, foi um grande desafio para os técnicos de segurança em informação do governo. Eles trabalharam durante toda a semana para evitar que algum hacker conseguisse furar o cerco e ter acesso à transmissão.
A teleconferência foi possível graças a cabos de fibra ótica, que fizeram a ligação entre a Sala dos Mapas da Casa Branca e a Corte Federal. O sinal de áudio e vídeo era criptografado de um lado da linha e decodificado do outro, o que tornava quase impossível a missão dos piratas da informática.
"Os hackers amariam ter nas mãos o testemunho de Clinton, apenas pelo fato de poder mostrar que o captaram", disse à rede norte-americana CNN a especialista em segurança Ira Winkler.
A maior preocupação dos técnicos, porém, estava no equipamento de TV que os jurados usaram para assistir ao depoimento presidencial. A radiação emitida pela tela do televisor pode ser captada com uma antena especial denominada Tempest. Se a proteção dos monitores não fosse bem feita, seria possível interceptar os sinais a uma distância de até 300 metros da Corte Federal.
Não é difícil obter uma antena Tempest. Ela é vendida na Internet e custa cerca de US$ 800. Sua tecnologia também permite captar informação de monitores de computadores.
Um hacker de Boston afirma que costuma captar informação de computadores dentro de uma casa ou de um escritório a partir do carro, estacionado do lado de fora.



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