São Paulo, terça, 18 de agosto de 1998

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Conduta é semelhante à de predecessores

MARCUS TANNER
do "The Independent"

Quando se trata de indiscrições sexuais, Bill Clinton pode ter superado a marca da maioria dos presidentes, mas sua conduta difere apenas em grau daquela da maioria de seus predecessores na Casa Branca.
O jornal "Washington Times" publicou um placar de infrações sexuais cometidas por presidentes norte-americanos. Todos os mencionados fizeram jus a pontos negros no placar, que inclui desde o uso de prostitutas e a fornicação (definida como o sexo com uma mulher não casada) até infrações mais graves como sexo grupal ou ligação com a morte "incomum" de uma amante.
O fundador da República, George Washington, recebeu apenas um ponto preto -pelo crime de adultério, brando pelos padrões morais do século 18.
Já Thomas Jefferson, relativamente libertino, ganhou quatro pontos negros: por ter amantes, praticar fornicação, cometer adultério (sexo com uma mulher casada) e ser pai de filhos ilegítimos.
Quase todos os presidentes se limitaram a cometer pecados com mulheres. James Buchanan foi o único da lista a constar na coluna dedicada ao homossexualismo.
A vida privada dos líderes norte-americanos dos dois séculos anteriores ao nosso parece insignificante quando comparada à dos presidentes de nossa era. Depois de Roosevelt e Eisenhower, o número de marcas negras aumenta vertiginosamente com Kennedy, Johnson e Clinton.
Clinton ganha sete pontos por uso de prostitutas, fornicação, prática de sexo com funcionária da Casa Branca e sexo grupal. Mas está longe de alcançar a marca espantosa de JFK.



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